Dito no Jornal do Centro em 2018*

* Publicado hoje no Jornal do Centro


5 de Janeiro
De Lisboa não se espere muito. Nem depois da tragédia [dos incêndios] foi aprovada uma fiscalidade mais favorável para as pessoas e as empresas do interior.

13 de Abril
A geringonça aumentou as verbas nacionais para apoio à cultura mas cá diminuiu-as fortemente. O ministério quer tirar 130 mil euros por ano à Acert e 93 mil ao Teatro Viriato. Onde estão os eleitos com os nossos votos capazes de evitar que tal aconteça?

4 de Maio
Deixámos que a A25 nos estragasse o IP5 porque acreditámos quando nos disseram que a A25 não ia ter portagens. Vamos repetir a asneira? Vamos deixar que nos estraguem também o IP3? Depois, na próxima bancarrota, para fugirmos aos pórticos, regressamos às curvas do Luso?

25 de Maio
O centralismo tem duas peles muito ásperas: a pele política, manhosa, cheia de retórica na defesa do interior mas que aplica todos os recursos no litoral onde estão os votos; a pele tecnocrática, untuosa, que já começou a levantar espantalhos nos media contra a “província”.

8 de Junho
A multiplicação de eventos borliantes, promovidos directa ou indirectamente pelo município de Viseu, descura a medida do impacto dos mesmos e do retorno dos dinheiros públicos envolvidos. Impede também que se gere um mercado, com público habituado a pagar o seu bilhete.

6 de Julho
“Populista” é o “vem-aí-lobo!”, é o novo nome do “homem-do-saco” que vem levar as criancinhas que não comem a sopa. Houve uma altura em que se chamava a tudo o que não agradava “fassista”, agora é “populista”.

9 de Novembro
Precisamos de uma câmara de Viseu forte capaz de impedir que os boys socialistas da Águas de Portugal ou os capitalistas da Águas do Planalto nos imponham transvases e nos salguem as facturas mensais do precioso líquido.

21 de Dezembro
É necessário criminalizar o enriquecimento ilícito, meter logo na cadeia os corruptos após condenação em segunda instância, instituir a colaboração premiada para quebrar a omertá corrupta.

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Segue-se a primeira leitura para esta selecção de fim-de-ano que, depois, foi devidamente tesourada para os necessários menos de 2000 caracteres:

[5Jan] 
De Lisboa não se espere muito. Nem depois da tragédia, nem com um orçamento de vacas gordas que deu de mamar a todos os lóbis, nem assim foi aprovada uma fiscalidade mais favorável para as pessoas e as empresas do interior.
Para nos reerguermos contemos, acima de tudo, com a nossa força.

[2Mar] 
O sr. A faz uma afirmação, mas o sr. B, em vez de tratar dos méritos ou deméritos da dita afirmação, põe é um carimbo mau no sr. A.
Há mais formas de desconversar mas deitar abaixo o mensageiro é o exercício preferido nas querelas de opinião dos media e das tribos das redes sociais. E, claro, para denegrir o mensageiro, chovem ataques ao seu carácter.
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A ascensão meteórica de Elina Fraga no PSD de Rui Rio diz muito sobre a natureza leninista dos nossos partidos. Em nenhum deles há dinâmicas de baixo para cima. As políticas são definidas em cima e seguidas em baixo. E os lugares de influência são monopolizados pelo topo que controla também as sobras para a restante cadeia alimentar.
Portanto, para se ter poder e influência no nosso sistema partidário, ou se faz o complicado e demorado caminho para chegar a chefe ou se escolhe um muito mais fácil e rápido: ser guru do chefe. A fatal Elina usou este atalho.

[9Mar] 
Assim como nos nossos montes, depois dos incêndios, se vêem melhor as pedras, também depois do fogo que pôs as nossas maiores empresas em mãos estrangeiras vêem-se muito melhor os familismos das nossas elites.
Os nossos políticos ficaram sem o mato da PT, da EDP, do BES, onde iam prantando sem dar muito nas vistas os cônjuges, os manos, os primos, os...

[16Mar] 
Os eleitores comunistas elegeram Fernando Loureiro para a assembleia municipal de Viseu mas o lugar acabou por ficar para Filomena Pires. Os eleitores socialistas do distrito elegeram deputados Maria Manuel Leitão Marques, António Borges e João Paulo Rebelo mas saíram-lhes na rifa Marisabel Moutela, José Rui Cruz e Lúcia Silva.
António Costa e Rui Rio, já que estais virados para “acordos de regime”, aqui está um a sério: é urgente acabar com esta vigarice política que leva as pessoas a votarem em A para depois o lugar ficar para B.

[23Mar] 
Foram desmatados muitos terrenos antes de 15 de Março. Respeitaram o prazo absurdo de uma má lei centralista, estúpida, que não sabe nem quer saber nada do mundo rural e que não tem em conta nem as diferenças regionais nem as condições meteorológicas. Além disso, obriga a limpar 50 metros em redor de casas, um exagero que impõe custos enormes a proprietários que não foram tidos nem achados sobre as construções junto dos seus terrenos.
Entretanto, os sarilhos atirados para as costas dos donos dos terrenos foram atirados também para cima das autarquias. Estas que poupem em festas e gastem em desmate, foi com esta mordidela que o ministro da agricultura sacudiu o capote governamental.
Infelizmente, muitas pessoas mal informadas e com medo das multas estão a cortar tudo a eito, o necessário e o desnecessário. O que faltou em informação competente sobrou em ameaças com a GNR. O ministro Cabrita transplantou para a administração interna a mesma incompetência com que dirigiu o dossier da regionalização em 1998, ou tutelou a pulsão censórica da CIG em 2016 e 2017.

[6Abril] 
Em Lisboa e Vale do Tejo, as actividades culturais vão receber €1.75 por habitante. A capitação desce para €1.08 na região centro, no norte fica-se por €0.95 e na Madeira afunda-se para €0.78, menos de metade do subsídio por alfacinha.
Lisboa parte e reparte e abarbata sempre a melhor parte.

[13Abril] 
A chegada de um partido populista ao poder não é, em si, uma tragédia. Por vezes, é até bom que as suas receitas simplistas choquem com a realidade. Veja-se o caso do Syriza. Depois de meio ano de desvario que culminou na vigarice do referendo OXI, Tsipras ganhou juízo. O mesmo há-de acontecer em Itália se chegar a haver um governo do Cinco Estrelas.
O populismo só se torna um fungo letal quando, chegado ao poder, tem força para anular os contra-pesos de uma democracia — a independência dos media e dos tribunais. Quando tal acontece, alapam-se, pelo voto não saem, só através da força.
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a geringonça aumentou as verbas nacionais para apoio à cultura mas cá diminuiu-as fortemente. O ministério quer tirar 130 mil euros por ano à Acert e 93 mil ao Teatro Viriato.
Onde estão os eleitos com os nossos votos capazes de evitar que tal aconteça?

[4Maio] 
Deixámos que a A25 nos estragasse o IP5 porque acreditámos quando nos disseram que a A25 não ia ter portagens. Vamos repetir a asneira? Vamos deixar que nos estraguem também o IP3? Depois, na próxima bancarrota, para fugirmos aos pórticos, regressamos às curvas do Luso?

[18Maio] 
As casas dos políticos vão adquirindo adjectivos cada vez mais delirantes. O deputado bloquista Pedro Soares, apanhado também a arredondar o fim do mês, afirmou-se à RTP com:
— uma “morada estável” (sic) na sede do bloco de esquerda em Braga;
— uma “morada de família” (sic) em Vouzela, nunca registada porque, disse o deputado e escreveu o bloco num comunicado, o custo seria “mais elevado” para o parlamento;
— uma “morada de contacto” (sic) em Lisboa nunca indicada à AR mas registada no tribunal constitucional para “facilidade de contacto” deste.

[25Maio] 
A verdade é que, das três alternativas estudadas pela Infraestruturas de Portugal, o governo quer escolher a pior só porque é a mais baratinha. E a região não pode deixar que se repita no IP3 a asneira que foi feita no IP5. É que depois, na próxima bancarrota, não vai haver força para impedir portagens nos troços que venham, eventualmente, a ser duplicados.
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O centralismo tem duas peles muito ásperas:
— a pele política, manhosa, cheia de retórica na defesa do interior mas que aplica todos os recursos no litoral onde estão os votos;
— a pele tecnocrática, untuosa, que já começou a levantar espantalhos nos media contra a “província”.

[1Junho] 
Certo, certo, é que, na noite de 15 para 16 de Outubro, a estrada regional 230 entre Carregal do Sal e Tondela foi varrida pelos ventos doidos e crestos da tempestade Ophelia, e o fogo furioso fez fenecer tudo à frente.
Queimou tudo menos aquela declaração de amor naquela parede.
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Os actores principais deste teatro mínimo que é a presença do estado no interior não existiram naquela noite trágica, só existem quando é para cobrarem impostos ou para fazerem leis mal paridas como aquela que obrigava a limpar o mato até 15 de Março, mato que, entretanto, já cresceu outra vez.

[8Junho] 
A multiplicação de eventos borliantes, promovidos directa ou indirectamente pelo município de Viseu, descura a medida do impacto dos mesmos e do retorno dos dinheiros públicos envolvidos. Impede também que se gere um mercado, com público habituado a pagar o seu bilhete.
Há que criar esse hábito até porque o concelho tem já muitas pessoas a trabalharem na cultura e que precisam que ela tenha sustentabilidade.

[15Jun] 
Há para aí cada vez mais gente a falar sozinha sem dar conta disso. Muitos dos que dão conta, em desespero por audiências, até fazem o pino em posts no Facebook.
Já o devo ter dito aqui mas repito-o: como a atenção é cada vez mais rara, ela ainda vai ser paga. E, como sempre, quando isso acontecer, os ricos vão receber mais do que os pobres.

[6Julho] 
"Populista" é o "vem-aí-lobo!", é o novo nome do "homem-do-saco" que vem levar as criancinhas que não comem a sopa. Houve uma altura em que se chamava a tudo o que não agradava "fassista", agora é "populista".
Escusado será dizer que quando chegarem os lobos populistas, e eles vão mesmo chegar, a palavra já estará gasta, metida no fundo do saco da indiferença.
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Homem bom, tolerante, atento, sensível, D. Ilídio foi uma lufada de ar fresco numa cidade e numa diocese enclausuradas demasiados anos no mundo reaccionário e ultramontano do bispo D. António Monteiro.
Para além desta oxigenação vivificadora da diocese, D. Ilídio iniciou uma mais que necessária recuperação patrimonial, muito bem sucedida na vertente dos bens culturais, não muito bem na parte imobiliária por causa da crise pós-2008.
Saneou, ainda, moralmente o Jornal da Beira. Aquele órgão de comunicação da diocese cumpre agora o seu papel, não é mais o pasquim alaranjado que era no virar do milénio.
Obrigado, D. Ilídio!

[20Julho] 
No concelho de Viseu, a omnipresença de Jorge Sobrado leva ao eclipse parcial do presidente da câmara e ao eclipse total dos outros vereadores.
Para deseclipsar a situação, António Almeida Henriques tem duas hipóteses: ou dilui Xanax nas bebidas do seu vereador da cultura ou contrata uma equipa alargada para a comunicação da câmara. Claro que a primeira hipótese não é defensável por ninguém e a segunda — que, ao que consta, está a ser cozinhada — é cara e de eficácia duvidosa.

[3 Agosto] 
Só ainda não vi em lado nenhum uma reflexão sobre o que terá levado a cúpula do bloco de esquerda a vir com teorias da cabala (olá, Sócrates!) e a atacar os media (olá,Trump!), quando os factos já conhecidos eram evidentes e facilmente verificáveis.
O que terá levado aquelas criaturas a reagirem tão toscamente? Encontro duas razões:
— por desábito: o bloco nunca foi escrutinado nos media, por isso, os seus líderes fizeram uma asneira de principiante;
— por causa da “bolha de filtros”: os políticos, depois de algum tempo, deixam de viver no mundo e passam a viver numa bolha só deles; é que os chefes gostam de viver rodeados por sacristãos, por gente que depende deles, que lhes filtra a realidade e lhes diz só o que eles gostam de ouvir.
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O Europeade foi excelente. O folclore (leia-se: tradição, costumes locais), aliado à globalização (leia-se: modernidade, ferramentas globais), fez das ruas e praças de Viseu um fascínio de diversidade, um encantamento.
Dito isto, importa saber quanto custou esta festa cosmopolita.

[10Agosto] 
Há que impedir os nossos eleitos de privatizarem a água e de a encarecerem com aumentos e aumentinhos, taxas e taxinhas. É preciso que eles peguem na energia que gastam em festas e festinhas e, literalmente, a canalizem para a modernização das redes e para o rigor na cobrança dos consumos.


[31 Agosto] 
Os nossos queridos emigrantes já regressaram às terras onde fizeram vida, a nossa classe média mais manienta chama-os aveques, eles estão-se bem nas tintas, gozaram cá as merecidas férias, para o ano regressam, abençoados sejam.

[7 Setembro] 
Quanto mais longe do mar, mais se sente o chicote implacável do princípio do utilizador-pagador, o mesmo que ergueu pórticos nas nossas auto-estradas. Sem alternativas, lá temos de atestar os nossos carros com 40% de combustível e 60% de impostos. Impostos que, depois, vão financiar transportes metropolitanos, com passes fofinhos para utilizadores-não-pagadores.

[21 Setembro] 
Em vez de fazer como Bill Murray no filme “Os Caça-Fantasmas”, o bloco de esquerda, para tentar exterminar o fantasma Robles, propôs um “adicional ao IMT”, propôs um aumento da velhinha sisa.
Isto é, se o deixassem, o bloco adicionava ainda mais estupidez ao “imposto mais estúpido do mundo”.

[28 Setembro] 
Marcelo está nos primeiros cinco anos de uma presidência de dez. Nos primeiros cinco, os presidentes só pensam na sua reeleição e fazem tudo o que os primeiros-ministros querem. Soares deixou o PM Cavaco fazer tudo, Cavaco deixou o PM Sócrates fazer tudo (até uma bancarrota), Marcelo está a deixar o PM Costa fazer tudo.
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Nos primeiros cinco anos, tem havido sempre em Belém um sacristão do primeiro-ministro e só nos segundos cinco um presidente. Para evitarmos a fase sacristã, há que constitucionalizar um mandato presidencial único de sete anos.

[6 Outubro]
Há mais vips a receberem o prémio Escolha do Consumidor do que velhinhos, em hotéis, a comprarem a prestações faqueiros, serviços de loiça e colchões ortopédicos.
No Facebook, há um vídeo patusco deste evento que decorreu numa embarcação de cruzeiros em Lisboa. Na cerimónia pingam dezenas e dezenas de prémios, alguns delirantes: “Cascais é o melhor concelho para se ter vida social”, “Sintra, o melhor para namorar”, “Portimão para fazer praia”, “Viseu para ser feliz”.
Um solitário conhece uma tia de Cascais, acende-se uma paixão ali ao lado em Sintra e, depois de um bronzeamento na praia da Rocha, vão ser felizes para sempre em Viseu.
Seja como for, o dr. Sobrado e o dr. Almeida Henriques lá subiram a bordo e tiraram uma fotografia com o faqueiro, perdão, com o prémio. Depois, fizeram-na chegar aos jornais.

[12 Outubro] 
Eclodem eucaliptos, daninhos, por tudo quanto é zona que ardeu há um ano.
O governo, sem surpresa, não quer saber. Os autarcas é mais festas e festinhas, nem para o problema da água se mobilizam.

[19 Outubro] 
Nas últimas eleições para a concelhia do PS-Viseu, não houve nenhuma ideia política nem nenhum debate entre os candidatos. Lúcia Silva socorreu-se da conversa de pé-de-orelha arregimentadora de votos e Gonçalo Ginestal confiou nos nomes sonantes da sua lista. Foi uma eleição entre o PS do cochicho e o PS das famílias, como na altura aqui escrevi. Ganhou o cochicho.

[26 Outubro] 
Quais foram os primeiros-ministros que fizeram mais mal ao país? Pois. Foram mesmo esses dois em que está a pensar.
E repare: tanto Cavaco Silva como José Sócrates foram eleitos com maiorias absolutas de que resultaram governos arrogantes, autoritários e negocistas.

[2 Novembro] 
Foram as urgências, os tribunais, a CGD, agora são os CTT. A sangria do interior não pára. Os autarcas bem a tentam anular, atrasar, bloquear, sabotar, estancar, reverter, num esforço muitas vezes inglório mas que merece todo o nosso apoio e solidariedade.

[9 Novembro] 
Precisamos de uma câmara de Viseu forte capaz de impedir que os boys socialistas da Águas de Portugal ou os capitalistas da Águas do Planalto nos imponham transvases e nos salguem as facturas mensais do precioso líquido.
Os presidentes das câmaras de Mangualde, de Penalva do Castelo e de Nelas inviabilizaram uma solução intermunicipal, com oito municípios, que nos resolvia a todos o problema sem interferências exteriores. Como não é crível que algum deles queira ser no futuro boy da Águas de Portugal, deixo aos três aqui um apelo: regressem às negociações, promovam uma solução nossa, pública, capaz de nos abastecer sem problemas nos próximos cinquenta anos. Ao trabalho?

[23 Novembro] 
Para além de meio ano de “assessoria de programação” ao vereador da cultura, o encenador Nuno Cardoso está, por estes dias, também em Viseu a fazer um evento sem especial novidade ou atenção pública. Por estes dois serviços, o futuro director artístico do Teatro Nacional S. João cobra, e muito bem, 112 mil euros ao município.
O mesmo não se poderá dizer da câmara que, ao aceitar pagar-lhos, se esquece da frugalidade que impõe, e muito bem, a outras iniciativas culturais com muitíssimo mais impacto na cidade, na região e no país.

[7 Dezembro] 
Depois do episódio em que a vereadora/deputada socialista Lúcia Silva chegou, assinou e bazou, a assembleia municipal de Viseu passou a querer disciplinar o pagamento das senhas de presença dos seus membros.
Faz bem: os deputados municipais só devem receber quando estiverem presentes no debate e votação dos pontos da ordem de trabalhos.
Já o período de antes da ordem do dia, esse looongooo bocejo de mesmice e sexo dos anjos, não deve ser obrigatório. A presença que fique a depender da maior ou menor pulsão masoquista de cada um.

[14 Dezembro] 
O politicamente correcto é uma fábrica de ressentimento que produz flores de estufa, gente sempre ofendidinha, que não pode ouvir nada. Acaba de abrir mais uma frente censórica: inventou uma putativa “linguagem anti-animal”.


[21 Dezembro] 
Os inconseguimentos da justiça no combate à corrupção são uma bomba relógio no coração da terceira república.
É necessário criminalizar o enriquecimento ilícito, meter logo na cadeia os corruptos após condenação em segunda instância, instituir a colaboração premiada para quebrar a omertá corrupta. É necessário, mas o cartel partidário não vai fazer nada disso.
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As jotas partidárias deixaram de ter interesse. Dali não sai uma ideia nova, uma proposta articulada, um sobressalto, uma chispa. Ali habita só o conformismo e a ganhuça.
Os seus dirigentes, sempre ao lado do chefe partidário de turno, ficam mais velhos e mais chatos do que ele. É gente que, com a vida tão facilitada, deixa de saber o que custa a vida. Gente que é um atraso de vida.

Comentários

  1. O principal balanço é não desistir de nos dar material para ler e reflectir.
    Manter um blog deve dar muito trabalho; manter um blog com muita qualidade (escrita/foto/música) deve consumir muita energia.

    Enquanto leitor, agradeço e desejo ao Sr Gato um 2019 com comentários de “unhas de fora”…. A Luta continua!

    A fechar 2018, deixa a pergunta/sem resposta: já se sabe o motivo que levou o Governo e o PR a não se fazerem representar no funeral de Catalina Pestana?
    “Gente que é um atraso de vida”, cito.

    Dá-lhes, Falâncio!

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    Respostas
    1. Grande JB, muito obrigado pela tua presença constante e pelo teu incentivo

      A luta pela liberdade continua

      A tua pergunta sobre o funeral de Catalina é retórica, pelo que respondo também retoricamente: a memória do ex-MES é de elefante

      Grande abraço e bom 2019!

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