Centralismo*
* Hoje no Jornal do Centro
1. É preciso repensar a ligação Viseu-Coimbra. Para já, ainda não há nenhum compromisso novo calendarizado. O que foi anunciado foi só o lançamento de um concurso de 15 milhões de euros para obras já projectadas e que têm que ser feitas no perigoso troço do IP3 entre o nó de Penacova e da Lagoa Azul.
A verdade é que, das três alternativas estudadas pela Infraestruturas de Portugal, o governo quer escolher a pior só porque é a mais baratinha. E a região não pode deixar que se repita no IP3 a asneira que foi feita no IP5. É que depois, na próxima bancarrota, não vai haver força para impedir portagens nos troços que venham, eventualmente, a ser duplicados.
2. O movimento pelo interior acaba de apresentar um conjunto de boas propostas. Mas já se sabe: Lisboa tudo fará para manter o seu poder sobre as nossas vidas e para sabotar qualquer tentativa de discriminação positiva do interior.
O centralismo tem duas peles muito ásperas:
— a pele política, manhosa, cheia de retórica na defesa do interior mas que aplica todos os recursos no litoral onde estão os votos;
— a pele tecnocrática, untuosa, que já começou a levantar espantalhos nos media contra a “província”.
Por exemplo, o economista televisivo Ricardo Paes Mamede já vê nos “supostos defensores do interior” uma nova encarnação populista do antigo “nortismo pinto-costista”. Caro Jorge Coelho, precate-se, estes académicos alfacinhas ainda atiçam os No Name Boys e a Juve Leo contra si.
Outro exemplo: mal o ministro do ensino superior esboçou um eventual aumento de vagas no interior e cortes em Lisboa e no Porto, logo um texto da esquerda.net bloquista lhe malhou com força: que há “falta de confiança em muitas” escolas do interior, que coitadas das “famílias de rendimentos baixos ou médios das grandes cidades”, que isto, que aquilo, ...
A luta contra o centralismo vai ser dura. Mas, com determinação e firmeza, podemos obter bons resultados. Incluindo no IP3.
Daqui |
A verdade é que, das três alternativas estudadas pela Infraestruturas de Portugal, o governo quer escolher a pior só porque é a mais baratinha. E a região não pode deixar que se repita no IP3 a asneira que foi feita no IP5. É que depois, na próxima bancarrota, não vai haver força para impedir portagens nos troços que venham, eventualmente, a ser duplicados.
2. O movimento pelo interior acaba de apresentar um conjunto de boas propostas. Mas já se sabe: Lisboa tudo fará para manter o seu poder sobre as nossas vidas e para sabotar qualquer tentativa de discriminação positiva do interior.
O centralismo tem duas peles muito ásperas:
— a pele política, manhosa, cheia de retórica na defesa do interior mas que aplica todos os recursos no litoral onde estão os votos;
— a pele tecnocrática, untuosa, que já começou a levantar espantalhos nos media contra a “província”.
Por exemplo, o economista televisivo Ricardo Paes Mamede já vê nos “supostos defensores do interior” uma nova encarnação populista do antigo “nortismo pinto-costista”. Caro Jorge Coelho, precate-se, estes académicos alfacinhas ainda atiçam os No Name Boys e a Juve Leo contra si.
Outro exemplo: mal o ministro do ensino superior esboçou um eventual aumento de vagas no interior e cortes em Lisboa e no Porto, logo um texto da esquerda.net bloquista lhe malhou com força: que há “falta de confiança em muitas” escolas do interior, que coitadas das “famílias de rendimentos baixos ou médios das grandes cidades”, que isto, que aquilo, ...
A luta contra o centralismo vai ser dura. Mas, com determinação e firmeza, podemos obter bons resultados. Incluindo no IP3.
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