Escrevo do que sei eis o que ignoro

Fotografia de Kinga Cichewicz


escrevo do que sei eis o que ignoro
esqueço-me de ti que me não esqueces
existes no futuro como as casas
como os caules do vento permaneces

olho-te agora e já não estremeço
dias vadios de terra desfolhada
não tenho já motivos como dantes
nossas razões são rimas consoantes

deixa que pouse a pedra psicológica
azul por dentro como um vão veneno
bebo na fonte as mãos termino o quadro
António Franco Alexandre


Comentários

Mensagens populares