As intercalares dos EUA
A estratégia eleitoral de Trump para as intercalares de terça-feira é clara: malhar nos migrantes, fazer deles uma "ameaça" para os EUA.
A táctica também é clara: aproveitar o novo fenómeno de migração continental, as caravanas, para dramatizar o máximo possível; para além disso que já não era pouco, Trump está também a ameaçar que retira, através de uma "ordem executiva", o ancestral "direito de solo", que dá automaticamente cidadania a qualquer bebé nascido nos EUA.
O público-alvo de Trump também é conhecido — os "deserdados" da globalização (que se percepcionam como tal, mesmo que não o sejam).
Tudo isto é trivial e está a ser dito em todo o lado.
O que não está a ser dito e eu não consigo apanhar informação do terreno é o que está a acontecer com um segmento desse público-alvo que — como planeou Stephen K. Bannon — ia ser especialmente focado: os ex-eleitores de Bernie Sanders e da sua retórica anti-mundialista.
Se estes eleitores forem apanhados pelas fake-news trumpistas e pelo algoritmo — mais um imigrante = menos um emprego —, e não tenho nenhum indicador sobre isso porque é assunto fora dos radares dos media, as eleições de terça-feira podem ser, tal como aconteceu com as presidenciais de há dois anos, um banho de água gelada para os democratas e o fim da possibilidade de impeachment, apesar da conexão russa e do nepotismo do clã Trump.
A táctica também é clara: aproveitar o novo fenómeno de migração continental, as caravanas, para dramatizar o máximo possível; para além disso que já não era pouco, Trump está também a ameaçar que retira, através de uma "ordem executiva", o ancestral "direito de solo", que dá automaticamente cidadania a qualquer bebé nascido nos EUA.
O público-alvo de Trump também é conhecido — os "deserdados" da globalização (que se percepcionam como tal, mesmo que não o sejam).
Tudo isto é trivial e está a ser dito em todo o lado.
O que não está a ser dito e eu não consigo apanhar informação do terreno é o que está a acontecer com um segmento desse público-alvo que — como planeou Stephen K. Bannon — ia ser especialmente focado: os ex-eleitores de Bernie Sanders e da sua retórica anti-mundialista.
Steve Bannon, fotografia de Brendan Smialowski/ (daqui) |
Eleições Intercalares (antecipadas) em Portugal?
ResponderEliminarPor razões pessoais pouco ou nada me interessa o mundo militar. Dei o meu contributo, obrigatório, e acabou. A propósito de Tancos, pouco mais consigo ler que os títulos dos jornais. Sou um “ (des) informado tipo CMTV…”!
Mas, há um factor que, nos últimos dias, me chamou a atenção: o nervosismo de Marcelo Rebelo de Sousa. Afirma, infirma, desafirma, confirma, inspira, respira, espirra e culmina com o título do “Público”, hoje 3 de Novembro: “Se pensam que me calam, não me calam”.
Eh,lá! Mas, o que é isto, pá?
Calar o PR, o chefe das Forças Armadas? Mas, que porra de jogadas mafiosas, esquemas pantanosos estão a decorrer?
O que há debaixo do tapete?
Esta aflição não é nova, JB, escrevi isto no FB em 12 de Outubro:
Eliminar«O caso de Tancos tem que ser "apurado integralmente, doa a quuuuãe doer", tremelicou da voz o presidente Marcelo, anteontem.»
E em 26/10:
«O que há duas semanas, em 12 de Outubro, se pressentia, agora é claro.
O elefante no meio da sala chamado Tancos vai suscitar a pergunta que ninguém, nem aqui nas redes sociais, ainda fez:
— o ministro da defesa disse do embuste do aparecimento das armas ao PM; e este disse ao PR?
Uma coisa é certa — a resposta de Marcelo e Costa ao lançamento do livro de Cavaco foi, acima de tudo, de concertação entre os dois e descreve tudo o que vai acontecer: o PR não diz o que o PM lhe disse, o PM não diz o que o PR lhe disse.»
(muito se deve ter rido o Cavaco de estar a servir de espelho para os recados entre o PM e o PR)
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Grande abraço
Certo! Obrigado.
ResponderEliminarMesmo para um pouco atento, dá para entender, que o pântano recompõe-se e, no fim, nada acontecerá.
A escrever este comentário e decidi acompanhar com música. Música com ligação a Tancos….
O filme: The Thomas Crown Affair - OST (1968) - The Boston Wrangler
https://youtu.be/yUIEdjXu3nI
Michel Legrand fez uma banda sonora superior
Steve McQueen e Faye Dunaway são maravilhosos
Como roubar bancos e enganar as seguradoras!
Música cool imprópria para ser posta como "música ambiente" em bancos e seguradoras
Eliminar:-)