Pelo meu nome
Escavo a esta mão os ventos - da onça,
sustentam a noite: quem contraceno em gesto,
e os seus olhos. Se dou um passo
tropeço noutro passo - simétrico, tropeço
na flecha. O dorso é todo o horizonte,
a sua escultura movediça.
Eu trazia o fogo na cabeça, era um pássaro.
O canto das águas seria a minha voz - a pedra,
Terra
de outra carne,
e osso -
não me houvessem roubado o fogo, não me houvessem
justificado em lenda, pelo meu nome.
Zetho Cunha Gonçalves
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