Puta vida merda cagalhões
Por não ter condições de vida
E ver sinais de mal a pior
Desculpem a linguagem
Mas não tenho outra melhor
Desculpem a linguagem
Mas não tenho outra melhor
É muito duro ser pobre
E mais duro é com certeza
O pobre ser toda a vida
A lixeira da nobreza
O pobre ser toda a vida
A lixeira da nobreza
Puta vida merda cagalhões
Porque será que tem que ser assim?
Os casebres e as mansões
Desigualdade sem ter fim
Puta vida merda cagalhões
Até parece que sou filho do azar
Pois até o euromilhões
Só merda me está a dar
A expo98
Tanta nota ali perdida
E tantos pobres pedintes
Sem terem nada na vida
E tantos pobres pedintes
Sem terem nada na vida
Não é defeito não ter
Nem para cagar um penico
Defeito é ir tirar
Ao pobre para dar ao rico
Defeito é ir tirar
Ao pobre para dar ao rico
Puta vida merda cagalhões
Porque será que tem que ser assim?
Os casebres e as mansões
Desigualdade sem ter fim
Puta vida merda cagalhões
Até parece que sou filho do azar
Pois até o euromilhões
Só merda me está a dar
Estádios de futebol
Oferta de mão beijada
A quem já ganha milhões
E milhões sem ganhar nada
A quem já ganha milhões
E milhões sem ganhar nada
Ser pobre não é defeito
E ser rico também não
Defeito é ver um pobre
E não lhe dar um tostão
Defeito é ver um pobre
E não lhe dar um tostão
Puta vida merda cagalhões
Porque será que tem que ser assim?
Os casebres e as mansões
Desigualdade sem ter fim
Puta vida merda cagalhões
Até parece que sou filho do azar
Pois até o euromilhões
Só merda me está a dar
Aquela casa da música
Que não tem nada do porto
Um insulto a quem não tem
Um minuto de conforto
Um insulto a quem não tem
Um minuto de conforto
Os 22 mil milhões
Todos sabem para onde vão
Para a ota e tgv
E não vai sobrar tostão
Para a ota e tgv
E não vai sobrar tostão
Puta vida merda cagalhões
Porque será que tem que ser assim?
Os casebres e as mansões
Desigualdade sem ter fim
Puta vida merda cagalhões
Até parece que sou filho do azar
Pois até o euromilhões
Só merda me está a dar
Quando o homem se convencer
Que a modernização do mundo
Terá de começar por acabar com a pobreza
Aí sim, teremos um mundo melhor
Nel Monteiro
Puta vida, merda, cagalhões
ResponderEliminarO pobre continua pobre
E o rico tem milhões
Puta vida, merda, cagalhões
As injustiças do Mundo
Fazem muita porcaria
Quando será que os ricos
Perdem a mania
As tias de Cascais
Desdenham com avareza
Comer carne é um privilégio
Comam pão e água que chega.
E a igreja finória apregoa
Ajudem os pobrezinhos!
Enquanto que os ricos cantam
Caridadezinha para os coitadinhos.
Teorias liberais
causam desigualdade
Os ricos ficam mais ricos
E os pobres sem nada.
E meus senhores
O vernáculo para ajudar
A camuflar as injustiças
Para o mundo retratar
Um pobre rouba um pão
Um rico um milhão
O pobre vai p´ro xadrez
E o rico caçar faisão
Os filhinhos nos colégios
E os pobres sem lar
Uns andam a pé
E os outros de Jaguar.
Vou com esta aqui e agora
Deixem-se de ignorar
Façam, mas é justiça
Para o mundo melhorar.