Je t’aurai cherché partout — Je t’attends, je n’attends que toi — Tu sais que je serai là

Fim-de-semana no ascensor — Ascenseur pour l'échafaud, de Louis Malle (1958)






Jeanne Moreau finge experimentar a trompete de Miles, ajudada pelo músico, olhos dele fixados na aproximação da boca dela à embocadura do instrumento – esqueça-se por um segundo que há um fotógrafo na sala e a imagem é de uma fortíssima energia feita de sedução mútua; numa outra foto, a actriz desvia o cabelo, prende uma mecha com a mão direita, e deixa o caminho livre para Miles encostar a trompete ao seu ouvido esquerdo, como se soprasse a música directamente para ela, apenas para ela.

A música de Ascenseur pour l’Échafaud ouve-se como se fosse empurrada por um tom não apenas de mistério e melancolia, mas também de sensualidade e desejo – Boris Vian chamar-lhe-ia “um clima sedutor e trágico”. 



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