O campeonato das presidenciais e a despedida de Jorge Sobrado*

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1. Primeira Liga:

— Marcelo ganhou em todos os concelhos do distrito de Viseu e foi campeoníssimo, com mais de 70%, em Resende, Tabuaço e Sernancelhe.


Segunda Liga:

— o líder do Chega foi segundo em 22 dos 24 concelhos; 

— Ana Gomes foi segunda em Cinfães e Mortágua, foi terceira em 21 concelhos e quarta em Sernancelhe.


Liga dos Últimos:

— Vitorino Silva obteve a medalha de bronze em Sernancelhe e ficou em quarto quinze vezes, o que lhe deu o primeiro lugar na liga dos pequeninos;

— Marisa Matias foi quarta em seis concelhos do sul do distrito, nos restantes ficou atrás de Tino de Rans e foi lanterna vermelha em Armamar;

— João Ferreira foi quarto em Lamego (o seu melhor resultado), quinto em Armamar, penúltimo treze vezes e último nove;

— Tiago Mayan foi penúltimo dez vezes e último catorze.


Fotografia Olho de Gato

2. Jorge Sobrado acaba de renunciar aos seus pelouros na câmara municipal de Viseu.  

Durante os últimos sete anos, a sua acção foi aqui elogiada e criticada: 

— colocou a Feira de S. Mateus finalmente no século XXI, fez tudo bem naquele certame menos ter posto o dia do santo, 21 de Setembro, fora da feira com o seu nome;

— a sua proximidade ao “ecossistema” cultural do concelho (criadores, programadores, públicos) merece muito aplauso, Sobrado fez criar rotinas, saber-fazer e saber-fazer-em-conjunto, mobilizou gente muito válida e equipas competentes com amor à camisola; 

— não merece aplauso nenhum a forma como pôs em risco os Jardins Efémeros e como fustigou a direcção do Teatro Viriato.

Jorge Sobrado foi um operacional competente ao serviço da estratégia errada de António Almeida Henriques: a crença que eventos após eventos, enganchados uns nos outros, desenvolvem um território. 

Sem surpresa, assim como a Expo 98 e o Euro 2004 fizeram o país andar para trás, também as festas e festinhas dos últimos sete anos fizeram Viseu caranguejar, perder posições. 

Na hora da despedida, Jorge Sobrado faz uma avaliação inteligente do momento que vive o concelho: “considero que é cumprido um ciclo sobre o meu desempenho no município e as condições em que o exerci”. 

É mesmo isso: o ciclo “eventoal” está cumprido. Já não há condições para mais do mesmo. Os caminhos novos a percorrer agora são com António Almeida Henriques (se for capaz de se reinventar) ou com João Azevedo (se conseguir convencer os viseenses que, tal como fez em Mangualde há doze anos, é capaz de pegar num concelho em perda e dar-lhe um rumo).

Obrigado pelo trabalho e o amor que dedicou a Viseu durante estes sete anos, Jorge Sobrado. 

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