Convites*
* Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 29 de Janeiro de 2010
1. Em duas semanas seguidas, este jornal publicou protestos de leitores contra a qualidade das obras na N229, no troço Viseu - Sátão. Fui ver. De facto, há ali muita falta de respeito pelas pessoas.
Para já — mais por causa do desleixo que por causa das obras — aquele troço parece uma picada. Depois, quando acabarem os trabalhos, como muito bem dizem aqueles dois leitores, vamos passar a ter uma rua entupida entre a rotunda do Betão Liz e a saída para Contige.
E, claro!, vai ficar a faltar uma estrada decente entre Viseu e o Sátão.
2. O concurso para o lugar de director do museu Grão Vasco teve uma tramitação demoradíssima e o novo director acabou por tomar posse só em Setembro de 2009.
Nos quatro meses seguintes, António Filipe Pimentel criou expectativas na cidade e na região. Só que o novo director não teve tempo para criar mais nada. A ministra da Cultura veio cá abduzi-lo. Fez-lhe um convite para director do museu nacional de arte antiga.
Gabriela Canavilhas deixou o museu Grão Vasco, mais uma vez, sem director. Ora, ela tinha a obrigação de saber que lá as coisas não andam bem desde 2004 e que foi muito difícil e demorado arranjar uma solução directiva.
A câmara de Viseu, e muito bem, aprovou um voto de protesto contra esta instabilidade, voto de protesto que não foi apoiado pelos vereadores socialistas.
Depois de Miguel Ginestal ter desistido da câmara de Viseu, a oposição socialista que lá ficou não acerta uma. Quando as coisas aquecem, ou cala-se ou desconversa. Desta vez, achou bem António Filipe Pimentel ir-se embora porque “as pessoas têm direito às suas ambições”.
Ora, como é evidente, não se reprova ter sido aceite o convite. O que se reprova é ter havido convite.
1. Em duas semanas seguidas, este jornal publicou protestos de leitores contra a qualidade das obras na N229, no troço Viseu - Sátão. Fui ver. De facto, há ali muita falta de respeito pelas pessoas.
Para já — mais por causa do desleixo que por causa das obras — aquele troço parece uma picada. Depois, quando acabarem os trabalhos, como muito bem dizem aqueles dois leitores, vamos passar a ter uma rua entupida entre a rotunda do Betão Liz e a saída para Contige.
E, claro!, vai ficar a faltar uma estrada decente entre Viseu e o Sátão.
2. O concurso para o lugar de director do museu Grão Vasco teve uma tramitação demoradíssima e o novo director acabou por tomar posse só em Setembro de 2009.
António Filipe Pimentel (Fotografia Olho de Gato) |
Nos quatro meses seguintes, António Filipe Pimentel criou expectativas na cidade e na região. Só que o novo director não teve tempo para criar mais nada. A ministra da Cultura veio cá abduzi-lo. Fez-lhe um convite para director do museu nacional de arte antiga.
Gabriela Canavilhas deixou o museu Grão Vasco, mais uma vez, sem director. Ora, ela tinha a obrigação de saber que lá as coisas não andam bem desde 2004 e que foi muito difícil e demorado arranjar uma solução directiva.
A câmara de Viseu, e muito bem, aprovou um voto de protesto contra esta instabilidade, voto de protesto que não foi apoiado pelos vereadores socialistas.
Depois de Miguel Ginestal ter desistido da câmara de Viseu, a oposição socialista que lá ficou não acerta uma. Quando as coisas aquecem, ou cala-se ou desconversa. Desta vez, achou bem António Filipe Pimentel ir-se embora porque “as pessoas têm direito às suas ambições”.
Ora, como é evidente, não se reprova ter sido aceite o convite. O que se reprova é ter havido convite.
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