Números*
* Hoje no Jornal do Centro
Este Olho de Gato vai usar como matéria-prima alguns números lidos aqui nas duas últimas edições deste jornal.
1. As estatísticas do desemprego de Novembro mostram um distrito a duas velocidades.
A situação é preocupante nos concelhos do norte, com números que vão dos 4% de desemprego em Armamar até aos 6,7% de Lamego e 7,1% de Moimenta da Beira.
Já o eixo da castanha e da amêndoa (Sernancelhe, Penedono e Pesqueira) e o sul do distrito vivem uma situação de quase pleno emprego e carência de mão-de-obra.
2. Enquanto as autoridades de saúde nos dizem que o concelho de Viseu tem 106.213 utentes registados, a Pordata estima que o concelho tem um total de 96.991 habitantes — uma diferença superior a 9.200 pessoas.
Ora, esta dessintonia entre as duas estatísticas levanta várias perguntas: aquelas pessoas “a mais” correspondem a duplicações de registos nos centros de saúde? Serão não-nacionais?
Será que Viseu já passou a “barreira” mágica dos cem mil habitantes e não deu conta?
3. Em Outubro de 2015, conforme tinha prometido aos viseenses, António Almeida Henriques (AAH) fez a apresentação pública do concurso de ideias para o Mercado 2 de Maio.
Vencedor: o arquitecto João Pedro Coelho Loureiro com um projecto visualmente muito forte que mereceu aqui o meu aplauso porque subvertia a banalidade do que Siza Vieira ali fez e deixava respirar a praça tanto para a Rua Formosa como para a Rua Chão do Mestre.
Passaram-se quatro anos e daquele concurso de ideias que custou muito dinheiro e muitas horas de trabalho não saiu nada. AAH mandou-o para o caixote do lixo e apareceu com um projecto novo, decidido nos gabinetes e sem escrutínio de ninguém.
O resultado não é famoso. Pelo que se percebe, a ideia é prantar, ao de cima do Mercado 2 de Maio, uma enorme estrutura, pesada e desgraciosa, com um custo estimado de 3,1 milhões de euros.
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Ver "bibliografia" sobre este assunto aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui
Este Olho de Gato vai usar como matéria-prima alguns números lidos aqui nas duas últimas edições deste jornal.
1. As estatísticas do desemprego de Novembro mostram um distrito a duas velocidades.
A situação é preocupante nos concelhos do norte, com números que vão dos 4% de desemprego em Armamar até aos 6,7% de Lamego e 7,1% de Moimenta da Beira.
Já o eixo da castanha e da amêndoa (Sernancelhe, Penedono e Pesqueira) e o sul do distrito vivem uma situação de quase pleno emprego e carência de mão-de-obra.
2. Enquanto as autoridades de saúde nos dizem que o concelho de Viseu tem 106.213 utentes registados, a Pordata estima que o concelho tem um total de 96.991 habitantes — uma diferença superior a 9.200 pessoas.
Ora, esta dessintonia entre as duas estatísticas levanta várias perguntas: aquelas pessoas “a mais” correspondem a duplicações de registos nos centros de saúde? Serão não-nacionais?
Será que Viseu já passou a “barreira” mágica dos cem mil habitantes e não deu conta?
3. Em Outubro de 2015, conforme tinha prometido aos viseenses, António Almeida Henriques (AAH) fez a apresentação pública do concurso de ideias para o Mercado 2 de Maio.
Vencedor: o arquitecto João Pedro Coelho Loureiro com um projecto visualmente muito forte que mereceu aqui o meu aplauso porque subvertia a banalidade do que Siza Vieira ali fez e deixava respirar a praça tanto para a Rua Formosa como para a Rua Chão do Mestre.
Passaram-se quatro anos e daquele concurso de ideias que custou muito dinheiro e muitas horas de trabalho não saiu nada. AAH mandou-o para o caixote do lixo e apareceu com um projecto novo, decidido nos gabinetes e sem escrutínio de ninguém.
O resultado não é famoso. Pelo que se percebe, a ideia é prantar, ao de cima do Mercado 2 de Maio, uma enorme estrutura, pesada e desgraciosa, com um custo estimado de 3,1 milhões de euros.
Já se viram WC para pombas mais baratos.
Imagem daqui |
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