Íamos com fome para a escola [Maria do Rosário Pedreira 6]

Fotografia de Annie Spratt

Íamos com fome para a escola
onde aprendíamos contas de somar
o meu irmão dizia que somar era coisa de sonho
juntar às gemas açúcar e manteiga
e no fim a farinha e as claras em neve 
e ver crescer o bolo da porta do forno
e desenformá-lo ainda quente
com cheiro a bom
e dar uma fatia a toda a gente
mas depois recusava-se a fazer contas de menos
explicando que à miséria
já não se podia tirar fosse o que fosse
(...)

Leitura integral do poema, 
por Maria do Rosário Pereira, aqui





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