Circo — episódio 2*
* Hoje no Jornal do Centro
1. António Costa acaba de nos confrontar com um “déjà vu”: espalhou três secretarias de estado pelo território, uma em Castelo Branco, outra em Bragança e outra na Guarda.
Ora, no tempo do governo de Pedro Santana Lopes já tinha havido o mesmo filme, ...
... o que motivou um Olho de Gato, em 30 de Julho de 2004, intitulado “Circo”.
Perante a repetição, o melhor é ser ecológico, poupar energia, e transcrever para aqui, no ponto seguinte, exactaqualmente o texto de há quinze anos.
2. Pedro Santana Lopes espalhou seis Secretarias de Estado por seis cidades do país. Alguns tenores da direita chamam a esta medida descentralização, outros chamam-lhe desconcentração. Dizer isto é um erro de palmatória. Não se descentraliza nada quando se alugam uns escritórios em Braga ou em Évora ou em Santarém; anima-se é um bocadinho o mercado imobiliário local.
Descentralizar é passar competências e recursos para quem está mais perto dos problemas das populações, por exemplo para as autarquias. Descentralizar não é mandar uns figurões de fatos e carros escuros para mais perto dos indígenas.
Espalhar membros do governo pelo país não é, tão pouco, desconcentrar. Desconcentrar é passar competências e recursos dos serviços centrais para os serviços periféricos do Estado, por exemplo para direcções regionais ou distritais ou concelhias.
Mandar para a província uns figurões de fatos e carros escuros, mais o seu séquito, não serve para nada: só vai atrapalhar o tráfego.
Mas se isto não é descentralizar, se isto não é desconcentrar, então o que é isto? A resposta é fácil: isto é circo.
Vai haver mais nos próximos tempos.
3. Como se sabe, meses depois, o menino guerreiro e o seu circo foram despedidos, com justa causa, por Jorge Sampaio.
Já a geringonça #2, por mais circo que faça, antes de 2021 não vai ter problemas com o presidente Marcelo. Este quer o apoio do PS para a sua reeleição. E está mais para isso do que outra coisa.
1. António Costa acaba de nos confrontar com um “déjà vu”: espalhou três secretarias de estado pelo território, uma em Castelo Branco, outra em Bragança e outra na Guarda.
Ora, no tempo do governo de Pedro Santana Lopes já tinha havido o mesmo filme, ...
Fotografia daqui |
Perante a repetição, o melhor é ser ecológico, poupar energia, e transcrever para aqui, no ponto seguinte, exactaqualmente o texto de há quinze anos.
2. Pedro Santana Lopes espalhou seis Secretarias de Estado por seis cidades do país. Alguns tenores da direita chamam a esta medida descentralização, outros chamam-lhe desconcentração. Dizer isto é um erro de palmatória. Não se descentraliza nada quando se alugam uns escritórios em Braga ou em Évora ou em Santarém; anima-se é um bocadinho o mercado imobiliário local.
Descentralizar é passar competências e recursos para quem está mais perto dos problemas das populações, por exemplo para as autarquias. Descentralizar não é mandar uns figurões de fatos e carros escuros para mais perto dos indígenas.
Espalhar membros do governo pelo país não é, tão pouco, desconcentrar. Desconcentrar é passar competências e recursos dos serviços centrais para os serviços periféricos do Estado, por exemplo para direcções regionais ou distritais ou concelhias.
Mandar para a província uns figurões de fatos e carros escuros, mais o seu séquito, não serve para nada: só vai atrapalhar o tráfego.
Mas se isto não é descentralizar, se isto não é desconcentrar, então o que é isto? A resposta é fácil: isto é circo.
Vai haver mais nos próximos tempos.
3. Como se sabe, meses depois, o menino guerreiro e o seu circo foram despedidos, com justa causa, por Jorge Sampaio.
Já a geringonça #2, por mais circo que faça, antes de 2021 não vai ter problemas com o presidente Marcelo. Este quer o apoio do PS para a sua reeleição. E está mais para isso do que outra coisa.
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