A TSU do bloco central
A versão definitiva do Memorando da Troika que só agora foi dada a conhecer impõe uma antecipação de prazos a várias medidas. Isso compreende-se: enquanto a Troika trabalha, os políticos portugueses marcam passo numa campanha eleitoral lamentável e mentirosa.
Recorde-se: Portugal pediu ajuda em 9 de Abril e, logo a seguir, três instituições internacionais — o FMI, o BCE e a Comissão Europeia — meteram-se nos aviões para Lisboa e concluíram o seu trabalho em 3 de Maio, em menos de um mês.
Até já começou a chegar a massa para pagar dívida, as pensões, os salários e os subsídios de férias.
Os homens trabalharam rápido e bem e nem deixaram que o ministro Teixeira dos Santos comesse as amêndoas da Páscoa descansado.
Recorde-se: Portugal pediu ajuda em 9 de Abril e, logo a seguir, três instituições internacionais — o FMI, o BCE e a Comissão Europeia — meteram-se nos aviões para Lisboa e concluíram o seu trabalho em 3 de Maio, em menos de um mês.
Até já começou a chegar a massa para pagar dívida, as pensões, os salários e os subsídios de férias.
Imagem daqui |
O novo aperto de calendário — que, pasme-se!, era desconhecido da oposição e dos portugueses — impõe que sejam feitas já em Julho as alterações à Taxa Social Única (TSU).
Ora este prazo não sintoniza com o calendário eleitoral nem com a introspecção confessada por José Sócrates. O primeiro-ministro tem dito nesta campanha eleitoral que está a matutar sobre o assunto e ainda não sabe quanto quer cortar na TSU. O PSD propõe um corte de 4%.
Ora este prazo não sintoniza com o calendário eleitoral nem com a introspecção confessada por José Sócrates. O primeiro-ministro tem dito nesta campanha eleitoral que está a matutar sobre o assunto e ainda não sabe quanto quer cortar na TSU. O PSD propõe um corte de 4%.
Há várias evidências que se podem tirar deste triste caso:
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1 — A Troika é que manda;
2 — José Sócrates não percebeu os contornos da crise sistémica global despoletada em 2008;3 — Os partidos não estão a contar ao eleitorado a verdade do que vão ter que fazer a partir do dia 6 de Junho;
4 — Como disse Teixeira do Santos, o novo governo "nem vai ter tempo para se sentar".
5 — Isso só pode significar que, nos bastidores, tanto o PS como o PSD estão a tratar do assunto da TSU ao mesmo tempo que na retórica de campanha parecem a orquestra do Titanic;
6 — As nossas instituições não têm agilidade nenhuma e estão fracas. O facto de estarmos na "Europa" é uma apólice de seguro para a terceira república mas que não cobre todos os riscos;
7 — Perante toda esta emergência, como já se previu aqui neste blogue, as pressões para que o PS e o PSD juntem os trapinhos vão ter mais força que os estados de alma de José Sócrates e de Pedro Passos Coelho.
7 — Perante toda esta emergência, como já se previu aqui neste blogue, as pressões para que o PS e o PSD juntem os trapinhos vão ter mais força que os estados de alma de José Sócrates e de Pedro Passos Coelho.
Tem a palavra o povo português no próximo domingo. Povo trabalhador e generoso que merecia umas elites políticas e económicas menos corruptas e mais competentes.
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