Falar pelos pobres *
* Parte de um texto publicado no Jornal do Centro há um ano, em 14 de Maio
Desgraçados tempos aqueles.
Desgraçados tempos estes — não é preciso lembrar-lho,
Há uns tempos, quando já se sabia quem iam ser as vítimas principais do PEC, perguntei a um destacado membro da nossa diocese: «Quando é que a Igreja começa a falar, como é sua obrigação, pelos pobres?»
«Espere pela visita do papa» – foi a resposta que obtive.
Como diz Slavoj Žižek em “A Marioneta e o Anão”: “hoje há cristãos, muçulmanos e budistas em todos os países do mundo” e estes tempos globalizados que vivemos fazem com que a religião fique secundarizada perante o “funcionamento profano da totalidade social”.
Assim, diz Žižek: “há dois papéis possíveis para ela: terapêutico ou crítico – [a religião] ou ajuda os indivíduos a funcionarem cada vez melhor na ordem existente ou procura afirmar-se como uma instância crítica e dizer o que está errado nessa ordem”.
«Espere pela visita do papa» – foi a resposta que obtive.
Como diz Slavoj Žižek em “A Marioneta e o Anão”: “hoje há cristãos, muçulmanos e budistas em todos os países do mundo” e estes tempos globalizados que vivemos fazem com que a religião fique secundarizada perante o “funcionamento profano da totalidade social”.
Assim, diz Žižek: “há dois papéis possíveis para ela: terapêutico ou crítico – [a religião] ou ajuda os indivíduos a funcionarem cada vez melhor na ordem existente ou procura afirmar-se como uma instância crítica e dizer o que está errado nessa ordem”.
Faz-nos falta uma voz crítica como a de D. Manuel Martins, o bispo de Setúbal nos anos de 1980.
Fotografia de Nuno Ferreira (Jornal do Centro |
Desgraçados tempos aqueles.
Desgraçados tempos estes — não é preciso lembrar-lho,
D. Ilídio Leandro,
bispo de Viseu.
bispo de Viseu.
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