Amores de verão, canenses, listas de Ruas e Azevedo*

* No Jornal do Centro aqui

1. Entrou Agosto. A peste está menos má, mas a desbunda não vai ser muita. É que ainda há muita vacina para dar, os festivais de verão estão proibidos e as nossas aldeias não vão ter festas nem romarias. 

Entrou Agosto, o querido mês de Agosto. As férias. O bronze. Como é que vão ser os amores de verão? Às escondidas da dra. Graça Freitas?

Daqui

Às escondidas do feminismo burguês que tudo quer proibir, até os vestidos da Lenka do Preço Certo? 


2. Na sequência de uma queixa judicial, o funcionário responsável pela página de Facebook da câmara de Nelas, ouvido pelo ministério público, explicou que ela está programada para fazer a “ocultação automática de comentários que contenham palavras ofensivas, tais como canense, índio, energúmeno, aldrabão, mentiroso.” 

Coisa abstrusa. O município de Nelas, ao incluir “canense” no rol dos insultos, atinge em cheio Canas de Senhorim e de raspão Canas de Santa Maria, no vizinho concelho de Tondela. 

Para além disso, vem tornar necessária uma actualização da listagem de “desconsiderações, achincalhamentos, verrinas, [e] ofensas” do célebre “Dicionário de Insultos”, de Sérgio Luís de Carvalho.


3. No início desta semana foram conhecidas as listas para as autarquias.  

Sem surpresa nenhuma, as listas do PSD e do PS à câmara de Viseu são uma ruptura completa com os últimos oito anos de políticas imateriais do concelho. Houve uma varredela quase total nos vereadores: dos seis da situação só fica um, dos três da oposição não fica nenhum. 

Nota-se que Fernando Ruas foi condicionado nas suas escolhas. Teve que pôr na sua lista dois homens do aparelho laranja:  

João Paulo Gouveia (presidente da concelhia e potencial sucessor de Ruas a meio do mandato) e Guilherme Almeida (que não existe fora da política).

Já João Azevedo percebeu que a concelhia socialista é um activo tóxico e procedeu em conformidade — foi buscar gente que se distingue nas suas profissões e não precisa da política para viver.

O tempo é um patife implacável: nos seus anos de ouro, o dr. Ruas punha e dispunha e escolhia quem queria para as suas equipas. Agora essa liberdade passou para o lado de João Azevedo.

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