Nomes *
* Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 8 de Junho de 2021
Em Março, o PSD-Viseu elegeu Guilherme Almeida como presidente da concelhia; agora foi a vez dos militantes do PS elegerem, sem surpresa, Lúcia Araújo Silva
Em vez das usuais listas únicas, os dois partidos do centrão este ano estiveram mais vivos que mortos e isso viu-se nas matemáticas eleitorais. Veja-se o exemplo do PS: em 2009, votaram só 78 socialistas, desta vez foram 650. Lúcia Araújo Silva deve estar grata ao seu adversário Filipe Nunes (uma boa surpresa no debate eleitoral). Guilherme Almeida devia estar também grato a José Moreira.
Fazendo um parêntesis, deva-se dizer que João Azevedo, candidato à recondução como líder distrital do PS, teria toda a vantagem em ter um adversário forte. Só que, compreensivelmente, Acácio Pinto não parece querer avançar.
Regresse-se ao concelho de Viseu: arrumadas as casas partidárias, a partir de agora vão começar as manobras para ver quem vai ocupar a cadeira de Fernando Ruas, no Outono de 2013.
Para já, em matéria de nomes, o PSD e o PS estão empatados. Cada um tem um outsider anunciado: José Costa no PSD e Fernando Cálix no PS.
Quanto a nomes fortes, há dois no PSD — Almeida Henriques (secretário de estado) e Carlos Marta (presidente da câmara de Tondela) e dois no PS — José Junqueiro (deputado e ex-secretário de estado) e Carlos Diogo Pires (ex-presidente da câmara de Vila Nova de Paiva). Até aqui há empate qualitativo e quantitativo entre os dois partidos.
Eis o tema político mais sensível em Viseu até às autárquicas: “o balanço e o legado dos 24 anos do dr. Ruas”.
O incansável Junqueiro já começou a escrever sobre isso no Diário de Viseu. Diogo Pires tem também ideias claras sobre o assunto. Já no PSD — como Américo Nunes vai querer ser o beneficiário do testamento e Guilherme Almeida não se mede —, as coisas vão azedar.
Vêm aí tempos políticos interessantes.
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