O mundo é um moinho *
Fotografia de Nicholas Gercken |
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés
Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões a pó
Muita atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés
Angenor de Oliveira,
mais conhecido como Cartola
* A música foi composta para Creuza Francisca dos Santos (1927 - 2002), filha de Rosa do Espírito Santo e Angenor Francisco dos Santos, e afilhada da primeira esposa de Cartola, Deolinda. Após o falecimento da mãe de Creuza, quando esta era ainda uma criança, Deolinda e Cartola passaram a criá-la como filha.
A canção refletiria as preocupações de Cartola para sua filha adotiva e suas opções amorosas.
Muitos cantores, como o próprio Cazuza, cantam essa música, na seguinte parte: "preste atenção, o mundo é um moinho" com a frase seguinte: "vai triturar teus sonhos tão mesquinhos", ou seja, os sonhos são mesquinhos.
Porém, na versão original de Cartola e na cantada por Ney Matogrosso, o correto é " vai triturar teus sonhos, tão mesquinho", no singular, para designar que o mundo é mesquinho e não sonhos da pessoa para qual a música é cantada.
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