O debate*
* Publicado hoje no Jornal do Centro
1. Chegámos a Setembro. De hoje a um mês são as autárquicas.
No debate dos candidatos à câmara de Viseu que foi para o ar esta semana na RTP, os candidatos da oposição mostraram-se muito preocupados com as empresas e com a derrama que elas pagam e nada preocupados com as pessoas e o IRS que a câmara lhes tira.
Nenhum deles foi capaz de explicar aos viseenses que António Almeida Henriques, ao acabar com os Serviços Municipalizados, está a abrir a porta para a privatização da água no futuro. Ao contrário do que a oposição pensa, não é o Tribunal de Contas que poderá parar esta asneira mas sim a política.
As candidatas do PS, do CDS e do PAN não conseguiram esconder a sua evidente impreparação; a candidata da CDU, Filomena Pires, é sólida, mas, quanto mais tempo gasta a elogiar o trabalho que fez na assembleia municipal, mais torna difícil de explicar a sua não recandidatura a esse órgão.
O candidato do bloco, Fernando Figueiredo, esteve mais eficaz na análise das actas da câmara do que nos números da Pordata sobre o concelho. Globalmente, foi o candidato da oposição que esteve melhor.
António Almeida Henriques ganhou o debate sem precisar de se esforçar muito. Bastou-lhe atirar as frustrações da ferrovia e da auto-estrada Viseu-Coimbra para cima da geringonça, exibir o gráfico da descida do desemprego e lembrar que 97% das deliberações da câmara foram aprovadas por unanimidade.
2. O ministro Eduardo Cabrita, através da comissão para a cidadania e igualdade de género, “recomendou à Porto Editora (...) que retire (...) duas publicações dos pontos de venda.” O entre-aspas é do comunicado oficial.
Pela primeira vez depois do 25 de Abril de 1974, um ministro meteu o bedelho no negócio dos livros. Agora há dois livros em Portugal que só podem ser arranjados na candonga.
Ainda não ouvi ninguém pedir a demissão da criatura. Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, espalhador de afectos, onde está o seu afecto pela liberdade?
1. Chegámos a Setembro. De hoje a um mês são as autárquicas.
No debate dos candidatos à câmara de Viseu que foi para o ar esta semana na RTP, os candidatos da oposição mostraram-se muito preocupados com as empresas e com a derrama que elas pagam e nada preocupados com as pessoas e o IRS que a câmara lhes tira.
Nenhum deles foi capaz de explicar aos viseenses que António Almeida Henriques, ao acabar com os Serviços Municipalizados, está a abrir a porta para a privatização da água no futuro. Ao contrário do que a oposição pensa, não é o Tribunal de Contas que poderá parar esta asneira mas sim a política.
As candidatas do PS, do CDS e do PAN não conseguiram esconder a sua evidente impreparação; a candidata da CDU, Filomena Pires, é sólida, mas, quanto mais tempo gasta a elogiar o trabalho que fez na assembleia municipal, mais torna difícil de explicar a sua não recandidatura a esse órgão.
O candidato do bloco, Fernando Figueiredo, esteve mais eficaz na análise das actas da câmara do que nos números da Pordata sobre o concelho. Globalmente, foi o candidato da oposição que esteve melhor.
António Almeida Henriques ganhou o debate sem precisar de se esforçar muito. Bastou-lhe atirar as frustrações da ferrovia e da auto-estrada Viseu-Coimbra para cima da geringonça, exibir o gráfico da descida do desemprego e lembrar que 97% das deliberações da câmara foram aprovadas por unanimidade.
2. O ministro Eduardo Cabrita, através da comissão para a cidadania e igualdade de género, “recomendou à Porto Editora (...) que retire (...) duas publicações dos pontos de venda.” O entre-aspas é do comunicado oficial.
Pela primeira vez depois do 25 de Abril de 1974, um ministro meteu o bedelho no negócio dos livros. Agora há dois livros em Portugal que só podem ser arranjados na candonga.
Ainda não ouvi ninguém pedir a demissão da criatura. Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, espalhador de afectos, onde está o seu afecto pela liberdade?
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