17 – X - 2003*
* Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 14 de Setembro de 2007
1. Entra amanhã em vigor o novo Código de Processo Penal que proíbe a divulgação de escutas telefónicas, sem a autorização dos visados, mesmo que essas escutas já não estejam em segredo de justiça.
É caso para perguntar: porquê esta dureza do legislador?
Talvez seja bom lembrar o que aconteceu em 17 de Outubro de 2003, um dos dias mais negros da história do jornalismo português. Nesse dia, foi tornada pública uma frase dita ao telemóvel por Ferro Rodrigues. A frase escolhida cirurgicamente foi: «Estou-me a cagar para o segredo de justiça.» Quase todos os “fazedores de opinião” criticaram duramente as palavras de Ferro Rodrigues; poucos condenaram a sua divulgação.
Eram os tempos do caso Casa Pia. Contra a histeria justicialista que se vivia nos media, ouviu-se, na altura, a voz corajosa de Miguel Sousa Tavares (MST). Na TVI, teve um diálogo bem vivo com Manuela Moura Guedes (MMG):
MST: «Estava eu a dizer que o meu primeiro trabalho, quando saí da faculdade, foi na Comissão de Extinção da Pide, onde tive ocasião de folhear muitos processos que a Pide tinha instruído aos antigos resistentes…»
MMG: «Ó Miguel, por amor de Deus, não vais comparar o que agora vivemos com a Pide!»
MST: «Não vou comparar porque há uma diferença grande: é que as escutas da Pide não apareciam nos jornais e agora aparecem...»
A conversa continuou azeda. Miguel Sousa Tavares foi firme a explicar que não é nas televisões nem nos jornais que se fazem julgamentos.
Por princípio, um telefonema é entre duas pessoas. E só entre elas.
2. O acesso ao Hotel Ibis, em Viseu, está um desleixo total. Sinalização, piso, envolvente, tudo de meter medo ao susto.
A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia do Campo andam muito distraídas.
1. Entra amanhã em vigor o novo Código de Processo Penal que proíbe a divulgação de escutas telefónicas, sem a autorização dos visados, mesmo que essas escutas já não estejam em segredo de justiça.
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Eram os tempos do caso Casa Pia. Contra a histeria justicialista que se vivia nos media, ouviu-se, na altura, a voz corajosa de Miguel Sousa Tavares (MST). Na TVI, teve um diálogo bem vivo com Manuela Moura Guedes (MMG):
MST: «Estava eu a dizer que o meu primeiro trabalho, quando saí da faculdade, foi na Comissão de Extinção da Pide, onde tive ocasião de folhear muitos processos que a Pide tinha instruído aos antigos resistentes…»
MMG: «Ó Miguel, por amor de Deus, não vais comparar o que agora vivemos com a Pide!»
MST: «Não vou comparar porque há uma diferença grande: é que as escutas da Pide não apareciam nos jornais e agora aparecem...»
A conversa continuou azeda. Miguel Sousa Tavares foi firme a explicar que não é nas televisões nem nos jornais que se fazem julgamentos.
Por princípio, um telefonema é entre duas pessoas. E só entre elas.
2. O acesso ao Hotel Ibis, em Viseu, está um desleixo total. Sinalização, piso, envolvente, tudo de meter medo ao susto.
A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia do Campo andam muito distraídas.
E para algo diferente e completamente idiota...
ResponderEliminarLamento ver o João Paulo Rebelo envolvido nesta ideia fascista de proibirem jogos de futebol em dias de eleições.
Votar é um direito; votar não é uma obrigação!
E a seguir vão proibir eleições em dia de futebol?
E posso ir à missa?
Que ideia idiota, PINS!