Rádio Noar

O fim da Rádio Noar é um desastre cívico para Viseu.

Terminam, de uma forma inglória, mais de duas décadas da "rádio de notícias" de Viseu que teve sempre no seu ADN a independência.
     
O fim da Rádio Noar — uma empresa auto-sustentável — diz-nos também uma coisa: as elites da região têm muito dinheiro mas nenhum espírito comunitário. E, como se sabe, uma comunidade só é forte com meios de comunicação fortes e independentes, que escrutinem os poderes e dêem voz a quem não tem voz, pelo que o fim da Noar só põe mais à mostra os pés de barro da gente de dinheiro da cidade.

Imagem daqui



Este blogue saúda todos os que fizeram a Rádio Noar e dá um abraço forte no  excelente profissional que é o seu director António Figueiredo que, de certeza, há-de arranjar outra maneira de nos contar o que se passa em Viseu.

Comentários

  1. Clemente Pais da Silva21 de novembro de 2011 às 19:03

    A toda a rquipa que honrou o Jornalismo Independente com um GRANDE "J" e soube sempre, mesmo em circunstâncias muito difícies e adversas, fazer "INFORMAÇÂO DE QUALIDADE" ao projectar a região para além das suas próprias fronteiras, e que sempre teve eco/impacto nos Órgãos de Comunicação Social a nível nacional... O meu bem-haja a todos sem excepção e em especial aao meu "guru" e Director de Informação, António Figueiredo. Não esqueço o excelente profissionalismo dos meus companheiros, com a Sandra Ferreira, o Jorge Montezinho, o Bernardo Silva que nestes últimos 10 anos trabalharam como uma equipa coesa, amiga, profissional e indiscutivelmente honraram e dignificaram o Jornalismo em Nome da Causa Pública e da Região de Viseu. O Meu Muito Obrigado a Todos e em especial a todos os ouvintes que nos escolheram desde o Início de forma descomprometida. Bem hajam. Clemente Pais da Silva (ex-Jornalista da Rádio NOAR 2003 a 2009).

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  2. Para quem, como eu, tocou pela primeira vez a Noar quando esta ainda era ainda "pirata" e depois teve a honra de voltar a fazer parte da equipa que fez renascer a rádio das notícias, só tenho que dizer OBRIGADO NOAR.
    A "minha" rádio de sempre, onde tanto aprendi, onde amigos fiz e sonhos criei, não merecia um fim tão silencioso, provocado por uma lei que não quer que Portugal seja mais que Lisboa e Porto.
    As tão afamadas "forças vivas" do concelho, e até mesmo do distrito, deixaram que a força dos migrantes da rádio chegassem à NOAR e, somente pelo peso dos euros, acabassem com um projeto, acima de tudo noticioso, e, de uma vez por todas, calassem a voz de uma região.
    O crescimento de uma região não tem na sua essência a música, aquela que se pode ouvir numa qualquer frequência... as notícias da rádio dão a cara a quem quer conhecer a região onde vivemos, onde civilizamos, onde recebemos.
    Agradeço a todos sem exceção, mas jamais irei esquecer o grande profissional que é António Figueiredo. Obrigado! João Gomes (colaborador da Rádio NOAR)

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  3. Foi com António Figueiredo que aprendi a ser jornalista, a questionar a coisa pública. Com respeito, muito, pelos intervenientes, com garra nos dentes para perseguir histórias. Ou apenas a contá-las.

    A rádio NOAR foi de todos que lá passarem, é ainda. Mas é, foi, indiscutivelmente uma obra parida pelo Figueiredo, jornalista de mão cheia, homem liso de cora~çao grande.

    Muito triste o que aconteceu à rádio NOAR. Muito triste a aparente indiferença das elites de Viseu que tinham um projecto que só orgulhava o jornalismo e a região.


    Nuno Amaral

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