Segredo
Fotografia de Ferdinando Scianna |
Esta noite morri muitas vezes, à espera de um sonho que viesse de repente e às escuras dançasse com a minha alma enquanto fosses tu a conduzir o seu ritmo assombrado nas trevas do corpo, toda a espiral das horas que se erguessem no poço dos sentidos. Quem és tu, promessa imaginária que me ensina a decifrar as intenções do vento, a música da chuva nas janelas sob o frio de Fevereiro? O amor ofereceu-me o teu rosto absoluto, projectou os teus olhos no meu céu e segreda-me agora uma palavra: o teu nome — essa última fala da última estrela quase a morrer pouco a pouco embebida no meu próprio sangue e o meu sangue à procura do teu coração. Fernando Pinto do Amaral |
Obrigado por este bocadinho!
ResponderEliminarEstas raparigas cantam que até dói, não é, Carlos Neto?
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