Artur Fontes, militante do PS
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O socialista de Carregal do Sal Artur Fontes foi dos primeiros a inscrever-se para falar ao Congresso do PS em Matosinhos mas não lhe deram a palavra, num circunstancialismo que ele explica no blogue Farol da Nossa Terra, ao mesmo tempo que publica o discurso não proferido.
Deixam-se aqui alguns excertos:
Artur Fontes |
«A saúde de um partido democrático, como o partido socialista, não depende apenas das suas estruturas, mas sobretudo, da qualidade dos seus membros.»
«(...) necessário seria a existência de um clima de saber ouvir, e bem, para saber discernir.
Foi o que faltou a este governo cujo principal responsável foi José Sócrates.
Deixou de ouvir os avisos constantes dos economistas, deixou de ouvir os avisos elegantes de Mário Soares e do próprio actual Presidente da República, deixou de ouvir a própria Conferência Episcopal portuguesa (...)»
«Não atacou o enriquecimento ilícito.
A despesa pública do sector público administrativo em 2003 era de 60 mil milhões de euros, actualmente são mais de 82 mil milhões.»
«Fez promessas que não cumpriu e, mais grave ainda, não pediu desculpas ao povo português, argumentando serem sempre os outros os culpados, numa fanfarronice sem escrúpulos.»
«(...) o partido tornou-se, assim, num veículo de propaganda governamental, à semelhança dos partidos soviéticos (...) o partido servia uma clientela política e se transformava num centro de emprego para os boys e à cumplicidade dos dirigentes com medo de perderem os seus lugares!»
«O partido socialista precisa de se transformar como escreveu Sophia Mello Breyner :
«Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta
(…)
Como página em branco
Onde o poema emerge
Como arquitectura
Do homem que ergue
sua habitação.»
* Tive conhecimento deste caso no blogue Beijokense.
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