Montesquieu tem muita força

     Em 25 de Março, como  foi escrito aqui logo nesse dia, foi aprovado no parlamente o "primeiro rascunho" da "certidão de óbito" da actual avaliação de professores.
     Note-se que o que está a ser aplicado nas escolas é o "simplex" que sobrou do labirinto burocrático engendrado por  Maria de Lurdes Rodrigues, uma coisa nem carne nem peixe que
não premeia nem detecta mérito docente nenhum e que faz gastar recursos às escolas, fazendo os professores cumprirem uma missa burocrática sem sentido, inecológica, que vai gastar papel e energia para nada.
     Hoje o Tribunal Constitucional, sem surpresa nenhuma, declarou inconstitucional a "revogação" da avaliação aprovada no parlamento.
     Esse acto parlamentar, de facto, desrespeitou a separação entre o poder legislativo e o poder executivo postulada por Montesquieu há mais de dois séculos e meio.
     Como, apesar de todos os remendos, a avaliação marilurdista não tem ponta por onde se lhe pegue, espera-se que, depois das eleições, se termine com o "faz-de-conta" actual e se introduza nas escolas um sistema de avaliação que, de facto, detecte, premeie e promova o mérito docente.

Comentários

  1. So gostava de saber qual é a razão de os professores,têm tanto medo de ser avaliados?Toda a Admnistrção Pública é avaliada,e ninguém se queixa.Será porque ha muitos professores que não trabalham e não se esforçam e sobem namesma de escalão.Ao contrário de outros que se esgotam,cansam-se e apanham depressões?Poia vos digo que nao é o proximo governo que vos vai dar as "diatribes" do sr.Mário Nogueira.Mas A "Troika"vai vos por na linha e aos sindicalistas.

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  2. O cerne da questão é o seguinte : Os professores estão mal habituados. Pretendem continuar a ser todos promovidos,independentemente do mérito de cada um. Sempre assim foi e querem que este "status quo " se mantenha "ad eternum" Ora não pode ser assim. Toda a gente sabe que há bons e maus professores. Um mau professor não pode ser tratado da mesma forma que um bom professor. Um mau professor,longe de ser promovido, deve tão só, ser retirado do sistema de ensino. E não vale a pena invocar falsos motivos de pretensa ordem pedagógica e de excessiva carga" burocrática" para afastar a avaliação e deixar de dar a cada um o que cada um realmente merece, de acordo com as suas capacidades e desempenho.De resto, se todos os funcionários públicos são avaliados por que razão os professores não haveriam de ser ?

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