Europeias (#1) *
* Publicada no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 14 de Março de 2014
1. As eleições europeias deste ano vão decorrer num quadro político muito parecido com o de 2004.
Naquele ano, Durão Barroso e Paulo Portas governavam coligados, agora são Pedro Passos Coelho e o mesmo Portas. Em 2004, a coligação de direita às europeias chamou-se "Força Portugal", agora chama-se "Aliança Portugal".
Por sua vez, na oposição, o PS era dirigido pelo pouco carismático Ferro Rodrigues, agora é dirigido pelo pouco carismático António José Seguro. Há dez anos o cabeça de lista do PS foi o moderado Sousa Franco, agora é o moderadíssimo Francisco Assis.
Para completar o ramalhete de semelhanças: em 2004 havia um grande descontentamento com o governo PSD/CDS, este ano o descontentamento não é menor, especialmente do eleitorado "grisalho" que tem visto as suas pensões amputadas. Não é preciso pedir ajuda à Maya. É sabido: Pedro Passos Coelho vai levar no toutiço no dia 25 de Maio.
Vale por isso a pena lembrar os resultados eleitorais de 2004: o PS teve então 44,5% dos votos e a Força Portugal 33,2%. Os socialistas elegeram 12 deputados europeus, a direita 9, os comunistas 2 e o bloco 1.
O PSD e o CDS estão numa situação esquizofrénica: sabem que não vão ganhar, não querem perder por muitos, mas querem, acima de tudo, que Seguro fique seguro no seu partido.
Uma coisa é certa: depois dos anos do autoritarismo negocista de Sócrates, o PS já não tem a força política nem a autoridade moral que tinha em 2004. Apesar disso, Seguro está obrigado a, no mínimo, deixar a direita a 5% de votos e a eleger mais deputados que a “Aliança Portugal”.
Caso contrário, ou António Costa toma conta do assunto, ou Pedro Passos Coelho ganha as próximas legislativas.
2. Fernando Ruas ocupa um honroso segundo lugar na lista da “Aliança Portugal”. Quero cumprimentá-lo por isso.
1. As eleições europeias deste ano vão decorrer num quadro político muito parecido com o de 2004.
Naquele ano, Durão Barroso e Paulo Portas governavam coligados, agora são Pedro Passos Coelho e o mesmo Portas. Em 2004, a coligação de direita às europeias chamou-se "Força Portugal", agora chama-se "Aliança Portugal".
Por sua vez, na oposição, o PS era dirigido pelo pouco carismático Ferro Rodrigues, agora é dirigido pelo pouco carismático António José Seguro. Há dez anos o cabeça de lista do PS foi o moderado Sousa Franco, agora é o moderadíssimo Francisco Assis.
Para completar o ramalhete de semelhanças: em 2004 havia um grande descontentamento com o governo PSD/CDS, este ano o descontentamento não é menor, especialmente do eleitorado "grisalho" que tem visto as suas pensões amputadas. Não é preciso pedir ajuda à Maya. É sabido: Pedro Passos Coelho vai levar no toutiço no dia 25 de Maio.
Vale por isso a pena lembrar os resultados eleitorais de 2004: o PS teve então 44,5% dos votos e a Força Portugal 33,2%. Os socialistas elegeram 12 deputados europeus, a direita 9, os comunistas 2 e o bloco 1.
O PSD e o CDS estão numa situação esquizofrénica: sabem que não vão ganhar, não querem perder por muitos, mas querem, acima de tudo, que Seguro fique seguro no seu partido.
Uma coisa é certa: depois dos anos do autoritarismo negocista de Sócrates, o PS já não tem a força política nem a autoridade moral que tinha em 2004. Apesar disso, Seguro está obrigado a, no mínimo, deixar a direita a 5% de votos e a eleger mais deputados que a “Aliança Portugal”.
Caso contrário, ou António Costa toma conta do assunto, ou Pedro Passos Coelho ganha as próximas legislativas.
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