Cacharolete d’assuntos (#3)

* Hoje no Jornal do Centro, nas bancas e aqui

1. Hoje, 2 de Fevereiro, é o dia de Nossa Senhora da Luz (ou das Candeias, ou da Candelária), padroeira de muitas paróquias, a começar pela de Carnide. É por isso que os benfiquistas são conhecidos por “lampiões”.

No hemisfério norte estamos a meio do inverno. Como reza a lenda, neste dia, “se a Senhora estiver a rir, está o inverno para vir, se estiver a chorar, está o inverno a passar.” A meteorologia diz-nos que não vai chover, sinal de que ainda “está o inverno para vir”. O que é bom. A barragem de Fagilde bem precisa. A de Bravura, no Algarve, muito mais.


2. Pedro Sánchez é o rosto da decadência institucional de Espanha.

Como já nem consegue desempancar as nomeações para o Conselho Geral do Poder Judicial, acaba de pedir à UE que supervisione esse processo. Isto é, acaba de pedir a Bruxelas para vir pôr ordem na sua própria casa.


3. Carlos Moedas quer que se faça primeiro a linha do TGV Lisboa-Madrid. Para ele, primeiro as capitais, o resto que espere.

Não se percebe esta posição paroquial do “alcaide” de Lisboa. Se houver concorrência entre operadores ferroviários, a ligação Porto-Lisboa vai ter muita procura e vai ser sustentável, coisa que a linha Lisboa-Madrid nunca será.


4. Na segunda-feira, uns auto-denominados “anti-fascistas anti-racistas” pegaram fogo a um outdoor do Chega e partilharam, com orgulho, aquele feito nas redes sociais.

O partido de André Ventura agradece a estupidez dos “anti-fascistas” que fazem coisas fascistas como esta.


Daqui (editada)
5. O fazimento da lista do PS-Viseu às legislativas foi um disparate pegado: o chefe da distrital, José Rui Cruz, e a “chefa” da concelhia de Viseu, Lúcia Araújo Silva, manobraram o aparelho com dois únicos objectivos: (i) manterem os seus empregos e (ii) correrem com João Azevedo da lista, isto é, prejudicar-lhe a candidatura à câmara de Viseu.

Depois, como se sabe, os dois não conseguiram tudo o que queriam, mas João Azevedo acabou despromovido do primeiro para o terceiro lugar e o incansável João Paulo Rebelo na lista de Setúbal.

Adivinha-se uma primavera turbulenta na casa socialista.

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