Feliz buque*
* Um amigo escreveu este poema hoje no Facebook num post de despedida daquele estaminé do Zuckerberg
Fotografia de Francesca Zama |
Vou deixar aqui este feliz buque
De virtual entusiasmo
Encontro de flores distantes
Ramos há muito ausentes.
Feliz buque, alegre espasmo
Onde não se tem vagar
Não se gosta de murchar.
Tudo brilha em mil imagens
Que sem uma palavra
Não falam, não dizem.
Não mais te vou regar.
O teu é agora truque
Que a minha mente aclara.
Não mais farás reféns
As memórias que me cabem.
Fazias-me herói mutante
Belo e triunfante
Lançando pedras ao rio
Colecionando ondas na margem
Sem da água beber um fio.
Seca aqui a minha vagem.
É um pronto a usar
Que de mim se quer vestir
Aqui te queres pregar
Não me queres deixar ir.
Feliz buque,
Vou-te enfim abandonar.
Outro jardim calcorrear
Com menos cor,
Seguramente com dor.
Ansiando por toque quente,
Conversa corrente,
Um caminho com gente.
als
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