Eleições 2009 (VII)*
* Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 2 de Outubro de 2009
1. Resultado das eleições legislativas de domingo: o CDS ficou com mais nove deputados, o PSD arrecadou mais oito (contabilizo dois da emigração), o BE também elegeu mais oito e a CDU conseguiu mais um deputado. Por sua vez, o PS ganhou as eleições.
Apesar desta felicidade universal, no domingo não houve festejos. Em lado nenhum. E no PSD ouve-se o afiar das facas.
A situação não está para festas. Desde 2001, Portugal não consegue sair do túnel em que caiu. Túnel que ficou ainda mais escuro e insalubre com a crise mundial.
Precisamos de esperança. Não se pode deixar apagar a luz que tremeluz, fraquinha, ao fundo do túnel.
2. A nossa constituição atribui o poder moderador ao presidente da república e o poder executivo ao governo. Estes dois poderes, ambos legitimados pelo voto, têm uma natureza conflitual e essa conflitualidade é boa se servir de válvula de escape para as tensões sociais.
Durante a chamada “cooperação institucional” entre Cavaco e Sócrates tivemos presidente da república a menos. Cavaco não deu cavaco às “vítimas” das reformas e isso deslaçou a sociedade e não ajudou ninguém. Nem o governo.
Passou-se agora para uma fase cheia de arestas entre o presidente e o governo. Tudo indica que vamos passar a ter presidente da república a mais.
Enfim… Faltam quinze meses para as próximas presidenciais. Quer António Guterres quer Jaime Gama são capazes de derrotar Cavaco Silva e fazerem uma presidência muito melhor do que ele.
E quanto a Manuel Alegre que se encontra na pole position da corrida presidencial? Podia ele ser o candidato do PS?
Todos os dias oiço a resposta a essa pergunta na televisão: “poder podia, mas não era a mesma coisa.”
1. Resultado das eleições legislativas de domingo: o CDS ficou com mais nove deputados, o PSD arrecadou mais oito (contabilizo dois da emigração), o BE também elegeu mais oito e a CDU conseguiu mais um deputado. Por sua vez, o PS ganhou as eleições.
Apesar desta felicidade universal, no domingo não houve festejos. Em lado nenhum. E no PSD ouve-se o afiar das facas.
A situação não está para festas. Desde 2001, Portugal não consegue sair do túnel em que caiu. Túnel que ficou ainda mais escuro e insalubre com a crise mundial.
Precisamos de esperança. Não se pode deixar apagar a luz que tremeluz, fraquinha, ao fundo do túnel.
2. A nossa constituição atribui o poder moderador ao presidente da república e o poder executivo ao governo. Estes dois poderes, ambos legitimados pelo voto, têm uma natureza conflitual e essa conflitualidade é boa se servir de válvula de escape para as tensões sociais.
Durante a chamada “cooperação institucional” entre Cavaco e Sócrates tivemos presidente da república a menos. Cavaco não deu cavaco às “vítimas” das reformas e isso deslaçou a sociedade e não ajudou ninguém. Nem o governo.
Passou-se agora para uma fase cheia de arestas entre o presidente e o governo. Tudo indica que vamos passar a ter presidente da república a mais.
Enfim… Faltam quinze meses para as próximas presidenciais. Quer António Guterres quer Jaime Gama são capazes de derrotar Cavaco Silva e fazerem uma presidência muito melhor do que ele.
E quanto a Manuel Alegre que se encontra na pole position da corrida presidencial? Podia ele ser o candidato do PS?
Todos os dias oiço a resposta a essa pergunta na televisão: “poder podia, mas não era a mesma coisa.”
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