Àqueles que vingam em lume brando
Fotografia de Elena Gaidenko |
Àqueles que vingam em lume brando,
com ódios de surdina improvisados,
e seguem pela calada da vingança
até ao cume dos seus próprios tremores,
eu digo: olha que coisa mais linda, mais
cheia de graça; ou, em alternativa,
faço voz grossa e canto: I see skies of blue
and clouds of white, The bright blessed day,
the dark sacred night. Se não entenderem,
então sim, ocupo-me das feridas,
limpo docilmente o corte, sopro no ardor
a ver se faz chama e brasa suficientes
para grelhar no corpo a alminha sem sal.
Henrique Manuel Bento Fialho
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