Personhagens*
* Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 4 de Setembro de 2009
1. Em Agosto, publiquei aqui uns Ele e Ela que justificam o velho “precautório”: naquelas histórias qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
Preciso de ser ainda mais explícito: embora em Viseu haja muitos quebra-corações, não é verdade que me estivesse a referir a alguém em concreto ao ter criado a personagem Chico, no Ele e Ela de 21 de Agosto.
Portanto, por favor, não me perguntem mais quem é o Chico.
2. No último sábado, no lançamento do romance “A Revolução de António e Oriana”, de Joaquim Sarmento, houve intervenções de qualidade. Numa delas, José Mário Ferreira de Almeida, presidente da assembleia municipal, disse que via rostos de Lamego em quase todas as personagens do romance.
Ao ouvir aquilo, pensei logo:
«Pronto! O Sarmento está ainda mais ensarilhado que eu. Eu é só o Chico. Ele tem um romance cheio de criaturas a cirandarem e a fazerem cócegas aos lamecenses…»
Sorri e esperei.
Sábio, Joaquim Sarmento, na intervenção final, vincou bem vincado que as personagens do romance tinham saído em exclusivo da sua imaginação e do seu sonho. Portanto, aquelas personagens são só o que se espera que sejam: personhagens.
3. Setembro e Outubro são meses de eleições. Há que olhar para “o que se passa” e, infelizmente, “o que se passa” não anda bom de ver.
Vemos partidos ricos num país pobre, partidos que vão gastar 13 milhões de euros nas legislativas e 78 milhões nas autárquicas. Ao todo 91 milhões de euros. “Ostentação pornográfica” chamou-lhe Henrique Monteiro, o director do Expresso.
Já aqui o escrevi – as eleições legislativas e autárquicas deviam ser no mesmo dia. Poupava-se tempo e dinheiro. E evitava-se muita abstenção.
1. Em Agosto, publiquei aqui uns Ele e Ela que justificam o velho “precautório”: naquelas histórias qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
Preciso de ser ainda mais explícito: embora em Viseu haja muitos quebra-corações, não é verdade que me estivesse a referir a alguém em concreto ao ter criado a personagem Chico, no Ele e Ela de 21 de Agosto.
Portanto, por favor, não me perguntem mais quem é o Chico.
2. No último sábado, no lançamento do romance “A Revolução de António e Oriana”, de Joaquim Sarmento, houve intervenções de qualidade. Numa delas, José Mário Ferreira de Almeida, presidente da assembleia municipal, disse que via rostos de Lamego em quase todas as personagens do romance.
Ao ouvir aquilo, pensei logo:
«Pronto! O Sarmento está ainda mais ensarilhado que eu. Eu é só o Chico. Ele tem um romance cheio de criaturas a cirandarem e a fazerem cócegas aos lamecenses…»
Sorri e esperei.
Sábio, Joaquim Sarmento, na intervenção final, vincou bem vincado que as personagens do romance tinham saído em exclusivo da sua imaginação e do seu sonho. Portanto, aquelas personagens são só o que se espera que sejam: personhagens.
3. Setembro e Outubro são meses de eleições. Há que olhar para “o que se passa” e, infelizmente, “o que se passa” não anda bom de ver.
Vemos partidos ricos num país pobre, partidos que vão gastar 13 milhões de euros nas legislativas e 78 milhões nas autárquicas. Ao todo 91 milhões de euros. “Ostentação pornográfica” chamou-lhe Henrique Monteiro, o director do Expresso.
Já aqui o escrevi – as eleições legislativas e autárquicas deviam ser no mesmo dia. Poupava-se tempo e dinheiro. E evitava-se muita abstenção.
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