Da Séria - “No tempo em que” havia músicos a fazer intervenção política. Hoje: Os Fleet Foxes - “HELPLESSNESS BLUES”.
Os Fleet Foxes são das melhores criações musicais dos últimos tempos. Banda folk indie, de Seattle (EUA), têm em Robin Pecknold o compositor principal da banda. Inspirados em muito boa gente mas tendo como referência os Crosby, Stills Nash & Young, os Fleet Foxes construíram uma música encantadora chamada “HELPLESSNESS BLUES”.
Robin nasceu nos anos 80, numa América de relativa abundância, com uma juventude marcada pelo individualismo egocêntrico da época. Em entrevista referiu que:" não queria parecer muito político, porque este é apenas o meu pensamento pessoal, mas acho que sinto ser um homem branco da América, um membro privilegiado da Terra. "Helplessness Blues" é a música mais importante da minha geração. No contexto dos anos 80, os nossos pais transmitiram-nos que “poderíamos ser o que quiséssemos”, numa autodeterminação sem limites. Mas, afinal eu estou em busca de um propósito…”.
"Helplessness Blues" tem sido considerado como o hino dessa geração, pois conseguiu colocar em palavras, ideias, sentimentos, aspectos que os jovens sentem mas nunca foram capazes de dizer. Isso representa uma mudança das esperanças utópicas dos anos 60, onde a ideia era que pudéssemos construir uma sociedade sobre o amor.
Robin não parece preocupar-se com a construção de uma sociedade perfeita, mas sim no trabalhar no significado da sua vida. A realidade que esses jovens enfrentam nos empregos anónimos, de baixos salários em call centres, ou em fábricas das 9 às 5 é um mundo oposto ao que lhes foi “prometido”. “I was raised up believing I was somehow unique”
No fim, um aspecto que tem sido muito discutido é a alusão ao pomar. O pomar como desejo de simplicidade, pois a imagem de trabalhar num pomar é bastante romântica e Robin quer fazer o que ama contribuindo para a sociedade de uma forma singular e pessoal - trabalhando no pomar, com a namorada. Sr ouvinte, passe esta música a um amigo e pergunte-lhe: “o que é o teu pomar?”.
A voz solitária de Pecknold apoiada pela harmonização vocal da sua banda, produz uma canção pensativa, elegante e encantadora. Músicos talentosos os Fleet Foxes. A beleza reside em coisas simples.
PS: da formação original dos Fleet Foxes, saiu Josh Tillman – “Father John Misty” outro talento.
I was raised up believing I was somehow unique Like a snowflake distinct among snowflakes Unique in each way you can see
And now after some thinking I'd say I'd rather be A functioning cog in some great machinery Serving some thing beyond me
But I don't I don't know what that will be I'll get back to you someday Soon you will see
What's my name, what's my station Oh just tell me what I should do I don't need to be kind to the armies of night That would do such injustice to you. Or bow down and be grateful And say "sure take all that you see" To the men who move only in depleted halls And determine my future for me.
And I don't I don't know who to believe I'll get back to you someday Soon you will see.
If I know only one thing Is that everything that I see Of the world outside is so inconceivable Often I barely can speak
Yeah I'm tongue tied and dizzy And I can't keep it to myself What good is it to sing helplessness blues? Why should I wait for anyone else?
And I know I know you'll keep me on the shelf I'll come back to you someday Soon myself.
If I had an orchard I'd work 'till I'm raw If I had an orchard I'd work 'till I'm sore
And you would wait tables And soon run the store
Gold hair in the sunlight My light in the dawn If I had an orchard I'd work till I'm sore
Bom dia e boa semana.
ResponderEliminarDa Séria - “No tempo em que” havia músicos a fazer intervenção política.
Hoje: Os Fleet Foxes - “HELPLESSNESS BLUES”.
Os Fleet Foxes são das melhores criações musicais dos últimos tempos. Banda folk indie,
de Seattle (EUA), têm em Robin Pecknold o compositor principal da banda.
Inspirados em muito boa gente mas tendo como referência os Crosby, Stills Nash & Young, os Fleet Foxes construíram uma música encantadora chamada “HELPLESSNESS BLUES”.
Robin nasceu nos anos 80, numa América de relativa abundância, com uma juventude marcada pelo individualismo egocêntrico da época. Em entrevista referiu que:" não queria parecer muito político, porque este é apenas o meu pensamento pessoal, mas acho que sinto ser um homem branco da América, um membro privilegiado da Terra. "Helplessness Blues" é a música mais importante da minha geração. No contexto dos anos 80, os nossos pais transmitiram-nos que “poderíamos ser o que quiséssemos”, numa autodeterminação sem limites. Mas, afinal eu estou em busca de um propósito…”.
"Helplessness Blues" tem sido considerado como o hino dessa geração, pois conseguiu colocar em palavras, ideias, sentimentos, aspectos que os jovens sentem mas nunca foram capazes de dizer.
Isso representa uma mudança das esperanças utópicas dos anos 60, onde a ideia era que pudéssemos construir uma sociedade sobre o amor.
Robin não parece preocupar-se com a construção de uma sociedade perfeita, mas sim no trabalhar no significado da sua vida. A realidade que esses jovens enfrentam nos empregos anónimos, de baixos salários em call centres, ou em fábricas das 9 às 5 é um mundo oposto ao que lhes foi “prometido”.
“I was raised up believing
I was somehow unique”
No fim, um aspecto que tem sido muito discutido é a alusão ao pomar. O pomar como desejo de simplicidade, pois a imagem de trabalhar num pomar é bastante romântica e Robin quer fazer o que ama contribuindo para a sociedade de uma forma singular e pessoal - trabalhando no pomar, com a namorada.
Sr ouvinte, passe esta música a um amigo e pergunte-lhe: “o que é o teu pomar?”.
A voz solitária de Pecknold apoiada pela harmonização vocal da sua banda, produz uma canção pensativa, elegante e encantadora.
Músicos talentosos os Fleet Foxes.
A beleza reside em coisas simples.
PS: da formação original dos Fleet Foxes, saiu Josh Tillman – “Father John Misty” outro talento.
Fleet Foxes – “Helplessness Blues”
https://youtu.be/7HHgedNNQco
I was raised up believing
I was somehow unique
Like a snowflake distinct among snowflakes
Unique in each way you can see
And now after some thinking
I'd say I'd rather be
A functioning cog in some great machinery
Serving some thing beyond me
But I don't I don't know what that will be
I'll get back to you someday
Soon you will see
What's my name, what's my station
Oh just tell me what I should do
I don't need to be kind to the armies of night
That would do such injustice to you.
Or bow down and be grateful
And say "sure take all that you see"
To the men who move only in depleted halls
And determine my future for me.
And I don't I don't know who to believe
I'll get back to you someday
Soon you will see.
If I know only one thing
Is that everything that I see
Of the world outside is so inconceivable
Often I barely can speak
Yeah I'm tongue tied and dizzy
And I can't keep it to myself
What good is it to sing helplessness blues?
Why should I wait for anyone else?
And I know I know you'll keep me on the shelf
I'll come back to you someday
Soon myself.
If I had an orchard
I'd work 'till I'm raw
If I had an orchard
I'd work 'till I'm sore
And you would wait tables
And soon run the store
Gold hair in the sunlight
My light in the dawn
If I had an orchard
I'd work till I'm sore
If I had an orchard, I'd work 'till I'm sore
Someday I'll be
Like the man on the screen