A verdadeira mão
Bansky |
A verdadeira mão que o poeta estende
não tem dedos:
é um gesto que se perde
no próprio acto de dar-se
O poeta desaparece
na verdade da sua ausência
dissolve-se no biombo da escrita
O poema é
a única
a verdadeira mão que o poeta estende
E quando o poema é bom
não te aperta a mão:
aperta-te a garganta
Ana Hatherly
Pois então...é um sufoco!
ResponderEliminarMaria Tereza
Olá, cara Maria Tereza
EliminarUma parte dos poemas que se encontram são sobre "o poeta" ou "a poesia" — na minha cabeça saem logo da categoria de "poesia" para a sub-categoria de "meta-poesia" e normalmente já nem os continuo a ler.
Provavelmente esse meu preconceito faz-me perder excelentes poemas e ainda bem que li este de Ana Hatherly até ao fim.
:-)
Não sou muito esperta para entender poesias e poemas! Tenho me esforçado...
ResponderEliminaràs vezes, encontro algum que me leva às lágrimas, não sei se porque bom ou porque naquele momento eu estava menos burra.Poesia não é explícita e nem sempre consigo atingir a alma do poeta.
Quando acontece aperta mesmo a garganta...então a moça tem razão.
Maria Tereza