Cisne Negro *
* Texto publicado no #1 de Ferramenta Zine, publicação que pode e deve ser lida aqui
«É sempre possível apertar mais um bocadinho...»
… é sempre possível, como estudou o físico dinamarquês Per Bak, ir deitando mais um grão de areia, deitar grão a grão, e ir formando um cone de areia, um cone regular, a crescer, a crescer grão a grão, até se dar uma avalanche e o cone se desfazer …
É sempre possível ir deitando um grão a grão de areia, mas como saber quando é que as interacções físicas entre os grãos, interacções que são cada vez mais e cada vez mais complexas, desorganizam o sistema, e o cone regular de areia, construído grão a grão, se desfaz numa avalanche?
Tentar perceber, como Bak, que o “comportamento complexo da natureza reflecte a tendência dos grandes sistemas para evoluírem para um estado ‘crítico’ estabilizado, longe do equilíbrio, onde perturbações menores podem conduzir a acontecimentos, chamados avalanches, de todas as dimensões.”
É o medo de uma dessas “perturbações menores” que podem produzir uma “avalanche” que enche de medo Vítor Gaspar quando vai a Manteigas, à terra dele, e põe a polícia a revistar as velhinhas antes de elas poderem entrar para a sala onde ele vai discursar, é esse medo que afugenta Cavaco, a conselho da polícia, dos adolescentes criativos da escola António Arroio.
Quando é que esse “apertar mais um bocadinho” vai ser “o grão de areia” que causa a avalanche? Quando?
A pergunta do milhão de dólares, perdão, do milhão de euros...
Recomendo que a leitura seja feita ao som deste vídeo:
«Senhor doutor, nós estamos com a corda ao pescoço...»
… disse eu para o senhor doutor, disse-o vai para um quarto de século (há mais de um quarto de século...), facto de calendário que me remete para uma cotice mais avançada do que devia.
Nestes anos todos que passaram depois desse acontecido, muita água passou debaixo das pontes e aprendi alguma coisa, talvez a verdura de então desculpe, talvez não desculpe aquele chapéu-na-mão, aquela metáfora atafegada, metáfora sem fôlego, metáfora à-bout-de-souffle, metáfora pitosga com óculos à godard, metáfora com a conta bancária do cine clube em baixo, cine clube que continua pujante aí, na cidade de Viseu, alegria desta terra abençoada de gente boa, a dar a ver filmes e ensinar filmes, e que há um quarto de século (há mais de um quarto de século...) sonhava com um computador Macintosh Plus, com disco rígido de vinte megas, para aí 800 contos de reis, já com a respectiva impressora de 9 agulhas.
E não tinha dinheiro para ele...
«Senhor doutor, nós estamos com a corda ao pescoço...»
«É sempre possível apertar mais um bocadinho...»
… respondeu-me, atlético e energético e imagético, um dos então representantes da cavacal figura nesta terra abençoada de gente boa. A conversa prosseguiu, amável e sorrimordente, claro, para o beco com saída da porta da rua. Conversa amistosa, claro.
Era eu um tudo-nada verde, já disse, mas era urbano e educado, nunca se diz vai-prá-puta-que-te-há-de-parir!, quando se está num colectivo, estarmos uns com os outros lado a lado a fazer coisas e ter projectos e sonhos põe as fúrias entre-parêntesis.
Viviam-se os primeiros tempos sicilianos dos primeiros fundos sociais europeus, trolhas cavacais a facturarem formação profissional para o primeiro bêéme em leasing, depois nunca mais parou, havia de dar perdões fiscais, e sobreiros abatidos pelo espírito santo, e rotundas e multiusos e parques de merendas, e os submarinos a diesel do jacinto-leite-capelo-rego, e jorge-coelhos e dias-loureiros da arte do alcatrão, e filhinhos-do-papá-campos a porem pórticos-big-brothers-bordéis nas nossas scutes, e ninguém-vai-preso!, offchora-se agora, enquanto o látego calvinista da troika acerta nos costelados desprevenidos, que quem se preveniu offshorou-se a tempo...
… disse eu para o senhor doutor, disse-o vai para um quarto de século (há mais de um quarto de século...), facto de calendário que me remete para uma cotice mais avançada do que devia.
Nestes anos todos que passaram depois desse acontecido, muita água passou debaixo das pontes e aprendi alguma coisa, talvez a verdura de então desculpe, talvez não desculpe aquele chapéu-na-mão, aquela metáfora atafegada, metáfora sem fôlego, metáfora à-bout-de-souffle, metáfora pitosga com óculos à godard, metáfora com a conta bancária do cine clube em baixo, cine clube que continua pujante aí, na cidade de Viseu, alegria desta terra abençoada de gente boa, a dar a ver filmes e ensinar filmes, e que há um quarto de século (há mais de um quarto de século...) sonhava com um computador Macintosh Plus, com disco rígido de vinte megas, para aí 800 contos de reis, já com a respectiva impressora de 9 agulhas.
E não tinha dinheiro para ele...
«Senhor doutor, nós estamos com a corda ao pescoço...»
«É sempre possível apertar mais um bocadinho...»
… respondeu-me, atlético e energético e imagético, um dos então representantes da cavacal figura nesta terra abençoada de gente boa. A conversa prosseguiu, amável e sorrimordente, claro, para o beco com saída da porta da rua. Conversa amistosa, claro.
Era eu um tudo-nada verde, já disse, mas era urbano e educado, nunca se diz vai-prá-puta-que-te-há-de-parir!, quando se está num colectivo, estarmos uns com os outros lado a lado a fazer coisas e ter projectos e sonhos põe as fúrias entre-parêntesis.
Viviam-se os primeiros tempos sicilianos dos primeiros fundos sociais europeus, trolhas cavacais a facturarem formação profissional para o primeiro bêéme em leasing, depois nunca mais parou, havia de dar perdões fiscais, e sobreiros abatidos pelo espírito santo, e rotundas e multiusos e parques de merendas, e os submarinos a diesel do jacinto-leite-capelo-rego, e jorge-coelhos e dias-loureiros da arte do alcatrão, e filhinhos-do-papá-campos a porem pórticos-big-brothers-bordéis nas nossas scutes, e ninguém-vai-preso!, offchora-se agora, enquanto o látego calvinista da troika acerta nos costelados desprevenidos, que quem se preveniu offshorou-se a tempo...
«É sempre possível apertar mais um bocadinho...»
… disse um dos representantes da cavacal figura há um quarto de século (há mais de um quarto de século...) nesta terra abençoada de gente boa, mas é neste ano da graça de dois mil e doze que o aperto aperta apertado.
Com as mãos na corda, Vítor Gaspar aperta, a máquina de calcular dele diz que havemos-de-regressar-aos-mercados-em-2013-e-não-precisamos-de-mais-dinheiro, embora seja quase certo que sim, que vai ser preciso, é que, de debaixo de todos os tapetes, saltam calotes e pêpêpês e rendas e joões-jardins e bêpêénes e empresas municípicas combalidas e gatunagens avulsas e ninguém-vai-preso!, que as senhoras da justiça, a começar por aquela senhora de cabelos fluorescentes, são só para dar entrevistas e ir ao prós e prós e para prender “pilha-galinhas”, e não se isaltine ninguém, era o que faltava!, isaltinar?!, isso nunca...
Pela terceira vez a terceira república está tutelada pelos credores, em aflições de bancarrota, tanto dinheiro da “europa” depois, tanta receita da privatização depois, mas já não há dinheiro nem para pagar as pensões nem aos funcionários. SOS! SOS! SOS!
Coitado do Teixeira dos Santos, aflito, se ele fala!, nunca mais fala, havia de falar para se saber como foi que se chegou a este buraco... SOS! SOS! SOS!
… disse um dos representantes da cavacal figura há um quarto de século (há mais de um quarto de século...) nesta terra abençoada de gente boa, mas é neste ano da graça de dois mil e doze que o aperto aperta apertado.
Com as mãos na corda, Vítor Gaspar aperta, a máquina de calcular dele diz que havemos-de-regressar-aos-mercados-em-2013-e-não-precisamos-de-mais-dinheiro, embora seja quase certo que sim, que vai ser preciso, é que, de debaixo de todos os tapetes, saltam calotes e pêpêpês e rendas e joões-jardins e bêpêénes e empresas municípicas combalidas e gatunagens avulsas e ninguém-vai-preso!, que as senhoras da justiça, a começar por aquela senhora de cabelos fluorescentes, são só para dar entrevistas e ir ao prós e prós e para prender “pilha-galinhas”, e não se isaltine ninguém, era o que faltava!, isaltinar?!, isso nunca...
Pela terceira vez a terceira república está tutelada pelos credores, em aflições de bancarrota, tanto dinheiro da “europa” depois, tanta receita da privatização depois, mas já não há dinheiro nem para pagar as pensões nem aos funcionários. SOS! SOS! SOS!
Coitado do Teixeira dos Santos, aflito, se ele fala!, nunca mais fala, havia de falar para se saber como foi que se chegou a este buraco... SOS! SOS! SOS!
«Senhor doutor da troika, nós estamos com a corda ao pescoço...»
«É sempre possível apertar mais um bocadinho...»
… apertar o aperto, não chove nem neste Abril águas mil, para a eira ainda é cedo, para o nabal é mau, e para o senhor Rajoy mesmo aqui ao lado, 27 mil milhões mais 10 mil milhões de cortes, é a crise do ladrilho, meu filho, lê o Financial Times e a The Economist e o Krugman no New York Times, a culpa é da Merkel que não põe os alemães a consumirem, esses avarentos, scheiße para eles!, eles podiam comprar uma segunda habitação em Benidorm, ou em Armação de Pêra, ou em Lloret de Mar, alugavam-nas aos finalistas portugueses na Páscoa, mas não, não querem saber da “austeridade inteligente” do Seguro e menos ainda da sua “abstenção violenta”, e não querem saber do Relvas a rir-se, sempre a rir-se, o Relvas, enquanto dita para as televisões a interpretação autêntica do que disse o primeiro-ministro a seguir à última gaffe do primeiro-ministro, enquanto o Crato tenta salvar a educação, ao menos ele...
«É sempre possível apertar mais um bocadinho...»
… apertar o aperto, não chove nem neste Abril águas mil, para a eira ainda é cedo, para o nabal é mau, e para o senhor Rajoy mesmo aqui ao lado, 27 mil milhões mais 10 mil milhões de cortes, é a crise do ladrilho, meu filho, lê o Financial Times e a The Economist e o Krugman no New York Times, a culpa é da Merkel que não põe os alemães a consumirem, esses avarentos, scheiße para eles!, eles podiam comprar uma segunda habitação em Benidorm, ou em Armação de Pêra, ou em Lloret de Mar, alugavam-nas aos finalistas portugueses na Páscoa, mas não, não querem saber da “austeridade inteligente” do Seguro e menos ainda da sua “abstenção violenta”, e não querem saber do Relvas a rir-se, sempre a rir-se, o Relvas, enquanto dita para as televisões a interpretação autêntica do que disse o primeiro-ministro a seguir à última gaffe do primeiro-ministro, enquanto o Crato tenta salvar a educação, ao menos ele...
«É sempre possível apertar mais um bocadinho...»
… é sempre possível, como estudou o físico dinamarquês Per Bak, ir deitando mais um grão de areia, deitar grão a grão, e ir formando um cone de areia, um cone regular, a crescer, a crescer grão a grão, até se dar uma avalanche e o cone se desfazer …
É sempre possível ir deitando um grão a grão de areia, mas como saber quando é que as interacções físicas entre os grãos, interacções que são cada vez mais e cada vez mais complexas, desorganizam o sistema, e o cone regular de areia, construído grão a grão, se desfaz numa avalanche?
Tentar perceber, como Bak, que o “comportamento complexo da natureza reflecte a tendência dos grandes sistemas para evoluírem para um estado ‘crítico’ estabilizado, longe do equilíbrio, onde perturbações menores podem conduzir a acontecimentos, chamados avalanches, de todas as dimensões.”
É o medo de uma dessas “perturbações menores” que podem produzir uma “avalanche” que enche de medo Vítor Gaspar quando vai a Manteigas, à terra dele, e põe a polícia a revistar as velhinhas antes de elas poderem entrar para a sala onde ele vai discursar, é esse medo que afugenta Cavaco, a conselho da polícia, dos adolescentes criativos da escola António Arroio.
Quando é que esse “apertar mais um bocadinho” vai ser “o grão de areia” que causa a avalanche? Quando?
A pergunta do milhão de dólares, perdão, do milhão de euros...
«Senhor doutor da troika, nós estamos com a corda ao pescoço...»
«É sempre possível apertar mais um bocadinho...»
… o décimo terceiro mês, o décimo quarto mês, o subsídio de férias, o subsídio de Natal, os 10 dias em Cuba, hotel de quatro estrelas tudo incluído por um canudo, nem um iPad nem umas Doc Martens na chaminé para a minha filha, melhor era que estudasse mais a maluca, tanto lhe disse para entrar para uma jota, rosa ou laranja, mais valia que gastar tanto tempo a defender os direitos dos animais, este Natal dessubsidiado, pensando melhor o iPad não, mas as botas talvez se comprem, biqueira de aço, talvez sirvam para dar um pontapé nos tomates de algum cabrão que se meta com ela numa manif...
Com o é que eles fazem na Grécia?, os tugas é sempre a mesma coisa, uns mansos...
Em 2015 talvez o subsídio, uma parte do subsídio, ladrões!, talvez... talvez então os iPads estejam mais em conta...
«É sempre possível apertar mais um bocadinho...»
… o décimo terceiro mês, o décimo quarto mês, o subsídio de férias, o subsídio de Natal, os 10 dias em Cuba, hotel de quatro estrelas tudo incluído por um canudo, nem um iPad nem umas Doc Martens na chaminé para a minha filha, melhor era que estudasse mais a maluca, tanto lhe disse para entrar para uma jota, rosa ou laranja, mais valia que gastar tanto tempo a defender os direitos dos animais, este Natal dessubsidiado, pensando melhor o iPad não, mas as botas talvez se comprem, biqueira de aço, talvez sirvam para dar um pontapé nos tomates de algum cabrão que se meta com ela numa manif...
Com o é que eles fazem na Grécia?, os tugas é sempre a mesma coisa, uns mansos...
Em 2015 talvez o subsídio, uma parte do subsídio, ladrões!, talvez... talvez então os iPads estejam mais em conta...
Ilustração de Margarida Girão |
«Senhor doutor da troika, nós estamos com a corda ao pescoço...»
… senhor doutor, nunca ouviu falar do Cisne Negro?, olhe que há cisnes negros, senhor doutor, leia o livro do Nassim Nicholas Taleb, as coisas não são como pensa, às vezes na calmura dos gráficos em forma de sino acontecem arritmias, arritmias nos peitos dos senhores do universo vestidos de armanis escuros, às vezes irrompem os pescoços negros dos bichos acima das águas tranquilas, pânicos, senhor doutor, linhas de coca aflitas nos wc das goldman sachs, senhor doutor, não abuse...
Sim, senhor doutor, falo desse Cisne Negro que acontece sem se prever, e impacta tudo, mexe com tudo, faz um antes e um depois no mundo, sim o 11 de Setembro foi um Cisne Negro, depois explica-se e interpreta-se, mas antes não, antes ninguém o advinha, claro que se em 10 de Setembro se se tivesse adivinhado o 11 de Setembro já não havia 11 de Setembro, sim o Facebook também é um Cisne Negro, assim como a morte do Arquiduque Fernando em Sarajevo em 1914, o Cisne Negro muda tudo, ninguém o antecipa, ninguém o prevê, nem a Maya, o Cisne Negro só se explica depois, senhor doutor, em discursos certinhos nos prós e prós das televisões todas iguais, todas a papaguearem certinho...
Sim, senhor doutor da troika, tem razão no que está a pensar, a sua cabeça é analítica e fria e percebeu o ponto: todos os esquerdalhos do mediterrâneo estão a sonhar que a rua vire isto, sonham com kristal nachts mas boas, não coisas de alemães, sonham quer dizer prevêem, quer dizer calculam, que esse “apertar mais um bocadinho” há-de ser a gota de água que derramará o copo da paciência dos povos.
Sim, senhor doutor da troika, tem razão no que está a pensar, a sua cabeça é analítica e fria e percebeu o ponto: se os esquerdalhos do mediterrâneo prevêem isso, até os boaventuras pós-modernos dos observatórios das universidades, então isso já não é um Cisne Negro porque este não é previsível.
Sim, senhor doutor da troika, tem razão mas aceite um conselho: meta democracia no mediterrâneo, senhor doutor da troika, a democracia é a válvula de escape das tensões numa sociedade, a democracia põe os contadores a zero dos conflitos.
É que, senhor doutor da troika, repare no que nos diz a lei da simetria: tanto é um Cisne Negro um acontecimento de grande impacto que não foi previsto, como um acontecimento que toda a gente esteja a prever e afinal não acontece...
Democracia, senhor doutor da troika, democracia … |
… senhor doutor, nunca ouviu falar do Cisne Negro?, olhe que há cisnes negros, senhor doutor, leia o livro do Nassim Nicholas Taleb, as coisas não são como pensa, às vezes na calmura dos gráficos em forma de sino acontecem arritmias, arritmias nos peitos dos senhores do universo vestidos de armanis escuros, às vezes irrompem os pescoços negros dos bichos acima das águas tranquilas, pânicos, senhor doutor, linhas de coca aflitas nos wc das goldman sachs, senhor doutor, não abuse...
Sim, senhor doutor, falo desse Cisne Negro que acontece sem se prever, e impacta tudo, mexe com tudo, faz um antes e um depois no mundo, sim o 11 de Setembro foi um Cisne Negro, depois explica-se e interpreta-se, mas antes não, antes ninguém o advinha, claro que se em 10 de Setembro se se tivesse adivinhado o 11 de Setembro já não havia 11 de Setembro, sim o Facebook também é um Cisne Negro, assim como a morte do Arquiduque Fernando em Sarajevo em 1914, o Cisne Negro muda tudo, ninguém o antecipa, ninguém o prevê, nem a Maya, o Cisne Negro só se explica depois, senhor doutor, em discursos certinhos nos prós e prós das televisões todas iguais, todas a papaguearem certinho...
Sim, senhor doutor da troika, tem razão no que está a pensar, a sua cabeça é analítica e fria e percebeu o ponto: todos os esquerdalhos do mediterrâneo estão a sonhar que a rua vire isto, sonham com kristal nachts mas boas, não coisas de alemães, sonham quer dizer prevêem, quer dizer calculam, que esse “apertar mais um bocadinho” há-de ser a gota de água que derramará o copo da paciência dos povos.
Sim, senhor doutor da troika, tem razão no que está a pensar, a sua cabeça é analítica e fria e percebeu o ponto: se os esquerdalhos do mediterrâneo prevêem isso, até os boaventuras pós-modernos dos observatórios das universidades, então isso já não é um Cisne Negro porque este não é previsível.
Sim, senhor doutor da troika, tem razão mas aceite um conselho: meta democracia no mediterrâneo, senhor doutor da troika, a democracia é a válvula de escape das tensões numa sociedade, a democracia põe os contadores a zero dos conflitos.
É que, senhor doutor da troika, repare no que nos diz a lei da simetria: tanto é um Cisne Negro um acontecimento de grande impacto que não foi previsto, como um acontecimento que toda a gente esteja a prever e afinal não acontece...
Democracia, senhor doutor da troika, democracia … |
Esta ferramenta ainda não me chegou às mãos!! Como se resolve isto?
ResponderEliminarAbraço.
O Miguel Fernandes quer-se dedicar à bricolage, é?
EliminarDifícil.
O lançamento da ferramenta em pleno dia do trabalhador, no Lugar do Capitão, foi um sucesso.
A procura subsequente também.
Edição em online está o link em cima.
Em papel já não deve haver.
Sorry!
Olá
ResponderEliminarTexto difícil.
Mesmo com a trilha sonora, foi difícil.
Que palavra é esta: scheiße? A consoante da última sílaba é um b?
O que significa?
Maria Tereza
Olá, Maria Tereza
EliminarPosso-lhe dizer que este texto foi difícil, custou sair de dentro de mim.
ß = ss
Scheiße = merda (em alemão)
Abraço