Assis – Seguro *

* Textos publicados hoje no Jornal de Centro, em 8 de Julho de 2011


António José Seguro e Francisco Assis estiveram em campanha no último fim-de-semana em Viseu. Algumas conclusões do que vi e ouvi:

— os militantes ainda não se deram conta da fundura do buraco em que caiu o PS;   
— grande parte do aparelho socialista, beneficiário dos seis anos do socratismo e responsável pela derrota de 5 de Junho, alapou-se rapidamente ao “crítico” António José Seguro. Tratou de se encostar ao “vencedor anunciado”;     

— António José Seguro tem muito bem reflectido o que é preciso fazer-se na luta contra a corrupção e na organização interna partidária. As suas propostas para “fora”, para o país e a “Europa” podiam e deviam ir mais além;    

— António José Seguro não fala da esquerda à esquerda do PS, Francisco Assis tem confrontado as posições políticas estéreis do bloco e do PCP;   

— Francisco Assis está numa situação paradoxal: sendo a sua candidatura uma emanação das elites do partido, é ela que mais longe tem ido no corte com os vícios socratistas;    

— a proposta de Assis de primárias abertas à sociedade é pioneira. O monopólio que os núcleos duros partidários têm na escolha dos candidatos vai desaparecer. Mais partidos no futuro se vão abrir à sociedade desta forma;    

— tem-se visto sem surpresa que a direita não gosta de Assis: “foge-lhe o pé para o populismo”, dizia-se dele esta semana no Jornal de Negócios.


Portagens

O governo quer cobrar portagens nas SCUT já este verão.

Convém lembrar: os troços da A25 feitos sobre o antigo IP5 deixaram a auto-estrada sem alternativa nenhuma.     

No verão de 2010, o líder da oposição Pedro Passos Coelho afirmou nas televisões que isso tinha que ser tomado em conta.   

No verão de 2011, o que vai fazer o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho?


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