O dia da marmota *
* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 5 de Fevereiro de 2010
Todos os anos, no dia 2 de Fevereiro, às 7:25 da manhã, os cidadãos de uma pequena cidade americana chamada Punxsutawney vão observar a toca de uma marmota. Se o bicho, que se chama Phil, sair e ficar fora da toca isso significa que o inverno termina cedo. Se, ao contrário, o pequeno roedor se assustar com a sua própria sombra e voltar para a toca, então o inverno durará mais seis semanas.
O filme “O Feitiço do Tempo” (1993) conta isto. Nele, Bill Murray faz o papel de um metereologista enfastiado na sua quarta reportagem televisiva do “dia da marmota”.
2 de Fevereiro. Toca o despertador. Acorda. Notícias da manhã. Pequeno-almoço a correr. Pata na poça num buraco. Um chato que lhe quer vender um seguro de vida. E Rita (Andie MacDowell), a produtora da televisão, Rita a dar-lhe para trás.
Dia seguinte. Toca o despertador. Acorda. Afinal não é o dia seguinte. Está na mesma em 2 de Fevereiro. As mesmas notícias da manhã. O mesmo pequeno-almoço. Pata na poça no mesmo buraco. O mesmo chato que lhe quer vender o mesmo seguro de vida. E Rita, Rita a dar-lhe na mesma para trás.
Bill Murray ficou bloqueado no “dia da marmota”. No mesmo sítio, com as mesmas pessoas, a repetir as mesmas situações. Claro, ele passou a tirar partido do caso, e a melhorar a sua imagem de egoísta insensível junto da sensível Rita. Perante tanto déjà vu, ele fez uso da carola.
Filme à parte, este ano o “dia da marmota” foi na terça-feira e Phil previu mais seis semanas de inverno.
Cientistas cépticos foram estudar os prognósticos da marmota de Punxsutawney. Contas feitas e, desde 1887, o bicho acertou 39% das vezes.
Quando é que os mesmos cientistas vêm cá avaliar as predições do senhor Vítor Constâncio no Banco de Portugal?
Todos os anos, no dia 2 de Fevereiro, às 7:25 da manhã, os cidadãos de uma pequena cidade americana chamada Punxsutawney vão observar a toca de uma marmota. Se o bicho, que se chama Phil, sair e ficar fora da toca isso significa que o inverno termina cedo. Se, ao contrário, o pequeno roedor se assustar com a sua própria sombra e voltar para a toca, então o inverno durará mais seis semanas.
O filme “O Feitiço do Tempo” (1993) conta isto. Nele, Bill Murray faz o papel de um metereologista enfastiado na sua quarta reportagem televisiva do “dia da marmota”.
2 de Fevereiro. Toca o despertador. Acorda. Notícias da manhã. Pequeno-almoço a correr. Pata na poça num buraco. Um chato que lhe quer vender um seguro de vida. E Rita (Andie MacDowell), a produtora da televisão, Rita a dar-lhe para trás.
Dia seguinte. Toca o despertador. Acorda. Afinal não é o dia seguinte. Está na mesma em 2 de Fevereiro. As mesmas notícias da manhã. O mesmo pequeno-almoço. Pata na poça no mesmo buraco. O mesmo chato que lhe quer vender o mesmo seguro de vida. E Rita, Rita a dar-lhe na mesma para trás.
Bill Murray ficou bloqueado no “dia da marmota”. No mesmo sítio, com as mesmas pessoas, a repetir as mesmas situações. Claro, ele passou a tirar partido do caso, e a melhorar a sua imagem de egoísta insensível junto da sensível Rita. Perante tanto déjà vu, ele fez uso da carola.
Cientistas cépticos foram estudar os prognósticos da marmota de Punxsutawney. Contas feitas e, desde 1887, o bicho acertou 39% das vezes.
Quando é que os mesmos cientistas vêm cá avaliar as predições do senhor Vítor Constâncio no Banco de Portugal?
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