Quem não se sente...*
* Hoje no Jornal do Centro
1. Na edição da semana passada, este jornal dava a novidade na primeira página: “Antigo director coloca Teatro Viriato (TV) em tribunal, quer receber dinheiro dois anos depois de ter saído”. Mais à frente, na página seis, os pormenores: Paulo Ribeiro “alega que houve um despedimento ilícito” e “pede indemnização de 50 mil euros”.
Recordemos: em 2003, Paulo Ribeiro saiu de Viseu para ir dirigir o Ballet Gulbenkian, e, como as coisas não correram bem, acabou por regressar ao mesmo posto.
Uns anos depois, em 2016, Paulo Ribeiro, o número um, decidiu aceitar outro convite, desta vez para dirigir a Companhia Nacional de Bailado. Ninguém lhe pôs uns patins debaixo dos pés, ele, o boss, é que quis ir embora pela segunda vez.
O dr. Ruas, em entrevista publicada neste jornal, avisou Paulo Ribeiro que “nem o teatro, nem nenhuma instituição deste género pode ser utilizada como aeroporto, onde se aterra e descola a seu belo prazer”.
É evidente: o Teatro Viriato não é um aeroporto. Nem é, tão pouco, a santa casa da misericórdia.
2. Tem acontecido tudo a Paula Garcia, a actual directora do TV: quando tomou posse, o presidente da câmara, mal aconselhado, fragilizou-a com declarações estéreis e infelizes à imprensa; a seguir, apesar de a candidatura do TV aos apoios do ministério da cultura ter ficado em primeiro lugar, sofreu um corte enorme nos apoios vindos de Lisboa, só no primeiro ano foram 90 mil euros; agora, esta facada em tribunal do antigo director.
Perante tudo isto, ainda não se viu nenhum gesto solidário de António Almeida Henriques para com o seu teatro municipal. Mas ainda está a tempo.
O vereador da cultura convidou Paulo Ribeiro a fazer, no próximo mês, um espectáculo no exacto palco da exacta instituição a quem o coreógrafo, já depois desse convite, meteu uma acção judicial para tentar sacar 50 mil euros. Um presidente da câmara não pode pactuar com isto. O espectáculo deve ser cancelado.
É que quem não se sente...
Fotografia Olho de Gato |
1. Na edição da semana passada, este jornal dava a novidade na primeira página: “Antigo director coloca Teatro Viriato (TV) em tribunal, quer receber dinheiro dois anos depois de ter saído”. Mais à frente, na página seis, os pormenores: Paulo Ribeiro “alega que houve um despedimento ilícito” e “pede indemnização de 50 mil euros”.
Recordemos: em 2003, Paulo Ribeiro saiu de Viseu para ir dirigir o Ballet Gulbenkian, e, como as coisas não correram bem, acabou por regressar ao mesmo posto.
Uns anos depois, em 2016, Paulo Ribeiro, o número um, decidiu aceitar outro convite, desta vez para dirigir a Companhia Nacional de Bailado. Ninguém lhe pôs uns patins debaixo dos pés, ele, o boss, é que quis ir embora pela segunda vez.
O dr. Ruas, em entrevista publicada neste jornal, avisou Paulo Ribeiro que “nem o teatro, nem nenhuma instituição deste género pode ser utilizada como aeroporto, onde se aterra e descola a seu belo prazer”.
É evidente: o Teatro Viriato não é um aeroporto. Nem é, tão pouco, a santa casa da misericórdia.
2. Tem acontecido tudo a Paula Garcia, a actual directora do TV: quando tomou posse, o presidente da câmara, mal aconselhado, fragilizou-a com declarações estéreis e infelizes à imprensa; a seguir, apesar de a candidatura do TV aos apoios do ministério da cultura ter ficado em primeiro lugar, sofreu um corte enorme nos apoios vindos de Lisboa, só no primeiro ano foram 90 mil euros; agora, esta facada em tribunal do antigo director.
Perante tudo isto, ainda não se viu nenhum gesto solidário de António Almeida Henriques para com o seu teatro municipal. Mas ainda está a tempo.
O vereador da cultura convidou Paulo Ribeiro a fazer, no próximo mês, um espectáculo no exacto palco da exacta instituição a quem o coreógrafo, já depois desse convite, meteu uma acção judicial para tentar sacar 50 mil euros. Um presidente da câmara não pode pactuar com isto. O espectáculo deve ser cancelado.
É que quem não se sente...
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