Classe média*
* Hoje no Jornal do Centro
1. O World Data Lab, dirigido por Kristofer Hamel, está há anos a aperfeiçoar a caracterização de quatro grupos sociais — pobres, vulneráveis, classe média, ricos — usando bases de dados de 188 países.
Hamel e Homi Kharas acabam de publicar o estudo “Um ponto de inflexão global: metade do mundo é agora da classe média ou rica”, cujos resultados não devem admirar os leitores habituais desta coluna. Bastas vezes tenho feito notar aqui que as narrativas dos media e das nossas universidades sobre a globalização não descrevem o que está a acontecer no mundo.
A verdade é que “pela primeira vez desde que começou a civilização baseada na agricultura, há dez mil anos, a maioria da humanidade já não é pobre nem está em risco de cair na pobreza.” Três mil e oitocentos milhões de pessoas vivem em casas de classe média ou rica e um número ligeiramente inferior em casas pobres ou vulneráveis à pobreza.
E este processo está a ser rápido: “no mundo de hoje, há uma pessoa a escapar da pobreza extrema em cada segundo, enquanto, no mesmo segundo, cinco pessoas entram na classe média. Os ricos estão a aumentar também, mas a um ritmo menor (um em cada dois segundos).”
A nova classe média é, sem surpresa, predominantemente asiática (nove em cada dez) e, a continuar esta tendência, este grupo vai ter 4 mil milhões daqui a dois anos e 5,3 mil milhões em 2030.
Ora, como se sabe, a classe média é sempre um sarilho para os governos: onde está a crescer exige mais infra-estruturas e serviços do estado, onde está a recuar protesta e vota anti-sistema. Aconteceu no último domingo no Brasil.
2. Eclodem eucaliptos por tudo quanto é terreno ardido há um ano.
O governo, claro, não quer saber. Os autarcas é mais festas e festinhas. Nem para o problema da água se mobilizam. Temos água com fartura nos nossos rios mas os boys socialistas da Águas de Portugal e os capitalistas da Águas do Planalto vão mexendo os cordelinhos. Para depois nos vampirarem nas contas mensais.
1. O World Data Lab, dirigido por Kristofer Hamel, está há anos a aperfeiçoar a caracterização de quatro grupos sociais — pobres, vulneráveis, classe média, ricos — usando bases de dados de 188 países.
Hamel e Homi Kharas acabam de publicar o estudo “Um ponto de inflexão global: metade do mundo é agora da classe média ou rica”, cujos resultados não devem admirar os leitores habituais desta coluna. Bastas vezes tenho feito notar aqui que as narrativas dos media e das nossas universidades sobre a globalização não descrevem o que está a acontecer no mundo.
A verdade é que “pela primeira vez desde que começou a civilização baseada na agricultura, há dez mil anos, a maioria da humanidade já não é pobre nem está em risco de cair na pobreza.” Três mil e oitocentos milhões de pessoas vivem em casas de classe média ou rica e um número ligeiramente inferior em casas pobres ou vulneráveis à pobreza.
E este processo está a ser rápido: “no mundo de hoje, há uma pessoa a escapar da pobreza extrema em cada segundo, enquanto, no mesmo segundo, cinco pessoas entram na classe média. Os ricos estão a aumentar também, mas a um ritmo menor (um em cada dois segundos).”
Campeão de bilheteiras este ano, não vai estrear em Portugal |
A nova classe média é, sem surpresa, predominantemente asiática (nove em cada dez) e, a continuar esta tendência, este grupo vai ter 4 mil milhões daqui a dois anos e 5,3 mil milhões em 2030.
Ora, como se sabe, a classe média é sempre um sarilho para os governos: onde está a crescer exige mais infra-estruturas e serviços do estado, onde está a recuar protesta e vota anti-sistema. Aconteceu no último domingo no Brasil.
2. Eclodem eucaliptos por tudo quanto é terreno ardido há um ano.
O governo, claro, não quer saber. Os autarcas é mais festas e festinhas. Nem para o problema da água se mobilizam. Temos água com fartura nos nossos rios mas os boys socialistas da Águas de Portugal e os capitalistas da Águas do Planalto vão mexendo os cordelinhos. Para depois nos vampirarem nas contas mensais.
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