Armazém da pólvora*
* Publicado hoje no Jornal do Centro
Conforme nos informam as Memórias Paroquiais de 1758, junto ao Rossio da Ribeira, também conhecido por Campo de São Mateus, ou Campo da Feira, ou Campo de “Sam Luis onde se faz a selebrada feira de Sam Matheos em cada hum anno pello dia do mesmo Sam Matheos” estava “situada huma casa que serve de armazém das polvoras dos homens de negocio desta cidade, a qual se fez por ordem do ilustre senado da Câmara desta cidade” para ali “se conservarem as polvoras sem detrimento da cidade e seus edifficios e por se temerem os estragos e ruínas nos tempos das trovoadas”.
Achei esta transcrição, em grafia da época, no interessante livro “Construindo a cidade: Viseu nos Séculos XVII e XVIII”, de Liliana Castilho. Livro que nos explica que aquele campo largo, na margem norte do rio Pavia, tinha um uso diferente dos outros rossios da cidade e ficava fora dos seus muros.
Era ali que se realizava a feira anual e, a partir do século XVIII, “com a construção nas suas proximidades do Armazém da Pólvora e de uma fonte, por iniciativa camarária”, a que se somou a “(re)construção da Capela de Nossa Senhora da Ribeira” e mais embelezamentos, o local foi adquirindo a sua vocação de lazer que mantém hoje.
A Ribeira agora está dentro da cidade, pelo que, entretanto, a prudência e o temor das trovoadas, secas ou molhadas, expulsaram o armazém da pólvora. Ou, melhor dito, expulsaram a pólvora do armazém.
Já a “selebrada feira de Sam Matheos” mantém-se naquele mesmo campo secular e vai encerrar depois de amanhã, 16 de Setembro. Isto é, o polvoroso fogo-de-artifício final vai parecer um clímax precoce e unilateral. Satisfaz o dr. Sobrado mas não o outro santo que dá o nome à feira.
Para que acontecesse esse prazer simultâneo, era preciso que o certame durasse mais cinco dias. Era preciso que ele durasse...
... pelo menos até ao dia de S. Mateus, como aconteceu durante mais de seis séculos.
Conforme nos informam as Memórias Paroquiais de 1758, junto ao Rossio da Ribeira, também conhecido por Campo de São Mateus, ou Campo da Feira, ou Campo de “Sam Luis onde se faz a selebrada feira de Sam Matheos em cada hum anno pello dia do mesmo Sam Matheos” estava “situada huma casa que serve de armazém das polvoras dos homens de negocio desta cidade, a qual se fez por ordem do ilustre senado da Câmara desta cidade” para ali “se conservarem as polvoras sem detrimento da cidade e seus edifficios e por se temerem os estragos e ruínas nos tempos das trovoadas”.
Achei esta transcrição, em grafia da época, no interessante livro “Construindo a cidade: Viseu nos Séculos XVII e XVIII”, de Liliana Castilho. Livro que nos explica que aquele campo largo, na margem norte do rio Pavia, tinha um uso diferente dos outros rossios da cidade e ficava fora dos seus muros.
Era ali que se realizava a feira anual e, a partir do século XVIII, “com a construção nas suas proximidades do Armazém da Pólvora e de uma fonte, por iniciativa camarária”, a que se somou a “(re)construção da Capela de Nossa Senhora da Ribeira” e mais embelezamentos, o local foi adquirindo a sua vocação de lazer que mantém hoje.
A Ribeira agora está dentro da cidade, pelo que, entretanto, a prudência e o temor das trovoadas, secas ou molhadas, expulsaram o armazém da pólvora. Ou, melhor dito, expulsaram a pólvora do armazém.
Já a “selebrada feira de Sam Matheos” mantém-se naquele mesmo campo secular e vai encerrar depois de amanhã, 16 de Setembro. Isto é, o polvoroso fogo-de-artifício final vai parecer um clímax precoce e unilateral. Satisfaz o dr. Sobrado mas não o outro santo que dá o nome à feira.
Para que acontecesse esse prazer simultâneo, era preciso que o certame durasse mais cinco dias. Era preciso que ele durasse...
Fotografia Olho de Gato |
Pois...........já escrevi um artigo sobre este tema, desde que os nossos "mandantes", tiveram a infeliz ideia de acabar a Feira de S. Mateus, antes do dia 21 de Setembro. Feriado Municipal e Dia de S. Mateus. Será que andamos distraídos e a Feira, denominada S. Mateus fica noutro local, a nível nacional????? O evento que se está a realizar no espaço, é na realidade uma Feira...mas..........nunca com o nome de S. Mateus. Se S. Mateus viesse à terra, deitava pólvora nisto tudo
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