Conheço o sal
Conheço o sal da tua pele seca
depois que o estio se volveu inverno
da carne repousada em suor nocturno.
Conheço o sal do leite que bebemos
quando das bocas se estreitavam lábios
e o coração no sexo palpitava.
Conheço o sal dos teus cabelos negros
ou louros ou cinzentos que se enrolam
neste dormir de brilhos azulados.
Conheço o sal que resta em minha mãos
como nas praias o perfume fica
quando a maré desceu e se retrai.
Conheço o sal da tua boca, o sal
da tua língua, o sal de teus mamilos,
e o da cintura se encurvando de ancas.
A todo o sal conheço que é só teu,
ou é de mim em ti, ou é de ti em mim,
um cristalino pó de amantes enlaçados.
Jorge de Sena
Fogos: a imagem “típica” do nosso Verão?
ResponderEliminarNão se consegue ficar indiferente a mais uma desgraça humana e ambiental.
Não se consegue perdoar a uma classe política que produz um organismo absolutamente inoperante e que só serve para sustentar um grupo de opulentos cargos, carros e mordomias. Para que serve uma coisa chamada Protecção Civil?
Não se consegue ficar indiferente a esta indústria dos fogos que destrói o meu país e alimenta um sub mundo de negócios de material de combate a fogos, aviões, comunicações etc e tal.
Não se consegue fica indiferente a um Costa baboso e superior; a uma Cristas que devia ter vergonha nas fuças com as leis que produziu de destruição da floresta e das rendas; com acéfalos como o Leitão que “acabou com a legionella por decreto” ou reaccionários como os Montenegro e Cª.
Não se consegue ficar indiferente a um Mundo que estes políticos de merda destroem impunemente. Fogos na Califórnia, Grécia, Portugal, Suécia…. E tudo normal?
Vem este irritado (no mínimo) texto a propósito de um artigo (que recupero) sobre a indústria do eucalipto.
Quem já tenha visitado Monchique recordará uma linda e organizada localidade, mas rodeada por serras de eucaliptos!
E assim vamos sendo (des)governados!
Pins, pá! Merecíamos melhor!
Os arquitectos da eucaliptização de Portugal
https://www.publico.pt/2018/06/10/sociedade/prepublicacao/os-arquitectos-da-eucaliptizacao-de-portugal-1833099