Os quatro erros de Alexis Tsipras

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Desde que tomou posse, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, cometeu quatro erros, três por acção e um por omissão:

1 — apostou no "contágio" ao sul europeu (uma "história de crianças": Hollande, Renzi, Rajoi e Pedro Passos Coelho mandaram Tsipras dar uma volta ao bilhar grande);

2 — deu gás a uma xenofobia anti-germânica (miserável no plano dos valores, foi coisa para consumo interno grego e que, valha a verdade, mesmo em Portugal é produto com muita clientela);

3 — "ameaçou" com uma aproximação a Putin de uma forma que ninguém levou a sério;

4 — não fez um gesto ainda para acabar com a "ordem clientelar" grega, de que não é responsável mas que mantém.

Destes quatro erros, os dois primeiros não têm apelo nem agravo — somam-se ao fogo de artifício fotogénico e à exibição de testosterona de Varoufakis, vão para o arquivo morto, fiascaram.

Já a aproximação a Putin, bem como à China, e a ameaça de mais instabilidade nos Balcãs, são trunfos poderosos e causam alarme em Washington, como explica hoje Jorge Almeida Fernandes no Público num excelente texto em que se baseia este post.

De qualquer forma,  é na solução do quarto erro que reside a esperança e o futuro da Grécia. 

Porque é que o Syriza não começa a reformar o estado, a descapturá-lo dos interesses clientelares e a construir uma máquina fiscal que efectivamente funcione e cobre impostos?

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