Metapolítica*
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
Eis as três grandes marcas da actual vida autárquica do distrito:
1. O novo quadro comunitário — os autarcas vão tratar das infra-estruturas ainda em falta e fazem lobby pelas que competem ao governo.
No fundo, sonham com o país de antes da bancarrota e vão tendo delírios como o já referido aqui, vindo do PSD de Santa Comba Dão, a querer um comboio paralelo à ecopista do Dão.
2. A diminuição dos passivos — as câmaras estão menos endividadas e pagam mais rápido aos fornecedores. Agora há mais rigor e, é claro, a hiper-receita do IMI criado pelo dr. Ruas e pela dra. Manuela em 2003 ajuda muito.
Esta diminuição dos passivos é uma lição à administração central.
3. A metapolítica — a decisão dos eleitos está a ser escondida ou empaliada. A ferramenta mais na moda é a dos orçamentos participativos (OP). Todos os presidentes de câmara e de junta querem um “participativo”. Onde a “situação” não avança para um OP, a “oposição” propõe um. Onde a “situação” toma a iniciativa, a “oposição” brada que é pouco.
Esta moda não deve admirar ninguém: no ano passado, com 75 mil euros (ao fim e ao cabo, o preço de um T0 nos subúrbios), António Almeida Henriques teve palmadinhas nas costas das jotas partidárias, aplausos da oposição e páginas e páginas de boa imprensa. Foi um paraíso político por pouco dinheiro.
Valha a verdade, o presidente da câmara de Viseu é um especialista em metapolítica. Para além do OP, ele usa todos os instrumentos que pode para empaliar ou lançar nevoeiro sobre a decisão política e respectiva responsabilidade. As únicas obras do seu mandato são comissões de “estratégia”, são “júris”, são “fóruns”, são concursos de “ideias”.
A oposição socialista percebeu-o e decidiu metapoliticar também: acaba de propor um referendo sobre o Mercado 2 de Maio, a ensombrada obra de Siza Vieira onde este, há 15 anos, plantou umas magnólias que nem assombram nem desassombram, antes pelo contrário.
Eis as três grandes marcas da actual vida autárquica do distrito:
1. O novo quadro comunitário — os autarcas vão tratar das infra-estruturas ainda em falta e fazem lobby pelas que competem ao governo.
No fundo, sonham com o país de antes da bancarrota e vão tendo delírios como o já referido aqui, vindo do PSD de Santa Comba Dão, a querer um comboio paralelo à ecopista do Dão.
2. A diminuição dos passivos — as câmaras estão menos endividadas e pagam mais rápido aos fornecedores. Agora há mais rigor e, é claro, a hiper-receita do IMI criado pelo dr. Ruas e pela dra. Manuela em 2003 ajuda muito.
Esta diminuição dos passivos é uma lição à administração central.
3. A metapolítica — a decisão dos eleitos está a ser escondida ou empaliada. A ferramenta mais na moda é a dos orçamentos participativos (OP). Todos os presidentes de câmara e de junta querem um “participativo”. Onde a “situação” não avança para um OP, a “oposição” propõe um. Onde a “situação” toma a iniciativa, a “oposição” brada que é pouco.
Esta moda não deve admirar ninguém: no ano passado, com 75 mil euros (ao fim e ao cabo, o preço de um T0 nos subúrbios), António Almeida Henriques teve palmadinhas nas costas das jotas partidárias, aplausos da oposição e páginas e páginas de boa imprensa. Foi um paraíso político por pouco dinheiro.
Fotografia Olho de Gato |
Valha a verdade, o presidente da câmara de Viseu é um especialista em metapolítica. Para além do OP, ele usa todos os instrumentos que pode para empaliar ou lançar nevoeiro sobre a decisão política e respectiva responsabilidade. As únicas obras do seu mandato são comissões de “estratégia”, são “júris”, são “fóruns”, são concursos de “ideias”.
A oposição socialista percebeu-o e decidiu metapoliticar também: acaba de propor um referendo sobre o Mercado 2 de Maio, a ensombrada obra de Siza Vieira onde este, há 15 anos, plantou umas magnólias que nem assombram nem desassombram, antes pelo contrário.
O PS Viseu já passou de "caso de estudo" a "caso perdido" e o PS nacional vai pelo mesmo caminho.
ResponderEliminarSilêncio sobre os ordenados da RTP?
Amigo Artur Silva, o PS está contigo???!!
Guerra do alecrim e da mangerona, Sr. Gato!
ResponderEliminarE já agora o PS não podia tomar a iniciativa de impedir a venda do Oceanário. Dá lucro , tem muitos e muitos visitantes e é bem gerido.
ResponderEliminarPorra, mas é do Estado...!
Venda -se!