A partir de hoje em Viseu — IndieLisboa'15
05 MAI terça 21h30
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DESPEDIDA
de Tiago Rosa-Rosso, Portugal, Ficção, 2015, 13’
A TOCA DO LOBO
de Catarina Mourão, Portugal, Documentário, Ficção, 2015, 102′
A TOCA DO LOBO é uma obra de pendor biográfico a partir do percurso do avô materno de Catarina Mourão, o escritor Tomaz de Figueiredo (autor do romance “A toca do lobo”), e que aborda também o tempo de resistência no Estado Novo. O filme teve a sua estreia mundial em Janeiro, no Festival de Roterdão, e é agora apresentado em Portugal.
07 MAI quinta 21h30
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METROPOLITAN
de Whit Stillman, EUA, Ficção, 1990, 98′
Uma obra basilar do mais recente cinema independente norte-americano cumpre, em 2015, os seus 25 anos: METROPOLITAN, filme de estreia do herói independente Whit Stillman. Grupos de jovens aristocratas (e não tanto) de Manhattan que tentam, a toda a força, manter o impecável porte das aparências e dos discursos - excepto em noites de strip poker e quando os seus corpos contrariam as palavras. "I guess you can say it's extremely vulgar. I like it a lot."
Apesar de nenhum filme seu ter sido distribuído nas salas de cinema portuguesas, Whit Stillman surge como uma figura paternal da actual geração do cinema norte-americano: Wes Anderson, Noah Baumbach, Greta Gerwig, ou mesmo da escrita de Lena Dunham para a TV (um terreno onde Stillman começa a aventurar-se). Por outras palavras, retratos da jovem idade adulta geralmente pertencente à alta burguesia nova-iorquina (ou o que resta dela), onde se tenta mergulhar, de forma obsessiva, em jogos de prazer encadeados por diálogos inteligentes e ríspidos, na descodificação dos desejos sexuais assumidos e reprimidos, ou na crítica da frequentação social que se avalia pela linguagem, pela aparência, e pela incessante atracção pelo artifício nas escalas sociais.
08 MAI sexta 21h30
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TOUT EST PARDONNÉ
de Mia Hansen-Løve, França, Ficção, 2007, 105’
Mia Hansen-Løve já afirmou que, por se sentir demasiado infeliz na vida, tomou a decisão de se dedicar ao cinema. No entanto, não é a tristeza que domina a sua obra, nem sequer o pessimismo que comanda as personagens que escreve e filma. Pelo contrário: os filmes da realizadora francesa são tocados, em igual medida, pela luz e pela sua sombra, por momentos de grande paixão como pela melancolia. Por outras palavras, retratos doces, verdadeiros, profundos e emotivos de personagens que buscam um caminho para as suas vidas e um lugar para os seus sentimentos, seja por uma correspondência no amor e no espaço familiar, como em desejos secretos que se movem na intimidade, no nosso olhar, ou nos sonhos aos quais se prestam a nossa vocação e o nosso destino.
09 MAI sábado 18h00
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Vencedor do Prémio da Competição Nacional, Prémio TAP e Prémio Árvore da Vida
OS OLHOS DE ANDRÉ
de António Borges Correia, Portugal, 2015, 65'
Uma experiência fílmica única, rodada e reconstituída pelos próprios protagonistas. Passado no Portugal rural do Minho, o realizador segue o seu olhar humanista e as suas preocupações sociais (de 'O Lar', sobre os idosos e 'O Gesto', sobre um jovem surdo-mudo que quer ser realizador), com esta história verdadeira de um pai que quer reconstruir a sua família, vista através dos olhos luminosos do jovem André, o seu segundo filho. Um filme absolutamente notável que tem sobretudo o mérito da opção de colocar a representar as pessoas que viveram as suas próprias situações e o realismo vivo de sensações e afectos.
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