Vida obscura
Fotografia de Annie Leibovitz |
Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro,
Ó ser humilde entre os humildes seres,
Embriagado, tonto dos prazeres,
O mundo para ti foi negro e duro.
Atravessaste no silêncio escuro
A vida presa a trágicos deveres
E chegaste ao saber de altos saberes
Tornando-te mais simples e mais puro.
Ninguém te viu o sentimento inquieto,
Magoado, oculto e aterrador, secreto,
Que o coração te apunhalou no mundo.
Mas eu que sempre te segui os passos
Sei que cruz infernal prendeu-te os braços
E o teu suspiro como foi profundo!
João da Cruz e Sousa
A VIDA OBSCURA de Carlos Moedas deve ter sido muito difícil.
ResponderEliminarA atestar pelas suas declarações no “exame oral”, para Comissário Europeu hoje realizado no Parlamento Europeu, onde afirmou que “discordou muitas vezes da troika”.
Afinal Mooooedas é um homenzinho rebelde e crítico. Caramba!
São uns sofredores obscuros pelo nosso bem!
O despudor e trocatintismo desta gente não pára de surpreender.
Vamos ter um director (ou lá o que é) "GOURMET"!
e cito o poema do post:
"Mas eu que sempre te segui os passos
Sei que cruz infernal prendeu-te os braços
E o teu suspiro como foi profundo!"
Estou solidáro com a moedinha...