Um mês*

* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 29 de Agosto de 2013


Falta exactamente um mês para as autárquicas. Olhe-se para o que se passa no concelho de Viseu.

Não há nada a dizer ainda sobre Manuela Antunes, do bloco, e Francisco Almeida, da CDU, uma vez que eles reservaram as suas energias para Setembro. Já os candidatos do CDS, do PS e do PSD não foram de férias.


Com os melhores outdoors, o combativo Hélder Amaral tenta ser eleito o nono vereador, desempatador das votações na câmara. Não parece nada fácil. O candidato à assembleia municipal do CDS, Fernando Figueiredo, autor do melhor blogue local, não é homem de aparelho como são todos os outros cabeças-de-lista. Nele reside alguma da pouca esperança que a próxima assembleia municipal venha a ter algum interesse político.



Fraco no marketing e nas redes sociais, José Junqueiro tem-se fixado com competência nos temas da economia, do emprego e dos problemas sociais. Os quatro primeiros nomes da lista da câmara são sólidos. Como aqui já foi referido, Junqueiro procurou que a lista para a assembleia municipal não lhe fizesse sombra, nem tivesse mais votos do que ele.



Com uma campanha competente e com meios, António Almeida Henriques tem apostado tudo em capitalizar o justificado orgulho que os viseenses sentem pela sua terra e tem tido a sorte de os outros candidatos o deixarem sozinho nesse tópico. Na lista para a câmara, pôs o presidente da concelhia laranja à frente de Ana Paula Santana, deixando-a num lugar inelegível, o que, para além de um erro, é uma demonstração de fraqueza. Almeida Henriques, ao escolher Mota Faria para cabeça-de-lista à assembleia municipal em vez de João Cotta, teve exactamente a mesma estratégia de Junqueiro.

Como há uma parte do eleitorado que faz questão de repartir os seus três votos autárquicos por partidos diferentes, ou Junqueiro ou Almeida Henriques, um deles vai ser ultrapassado em votos pelo seu candidato à assembleia municipal.

Comentários

  1. Políticos (não todos, claro) enganadores e hipócritas.
    Apenas olham para o seu umbigo, não olhando aos meios para atingir os fins. Mestres em manipulação atropelando tudo e todos. As palavras ética e coerência não existem no seu vocabulário. Quando são confrontados, a vingança é célere.

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