À boca das areias
À boca das areias, ardem quilhas insuspeitas.
Uma tempestade amotina-me o brilho do olhar.
A cidade inunda-se de braços e, dentro de mim,
pernoita um marinheiro comprometido
com marés desmedidas.
Podia esquecer-te para sempre,
não fora a vertigem da tua sombra
a cercar os meus olhos.
Graça Pires
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