À Mãe
Minha Mãe leva-me à fonte
de volta p’ra onde eu vim
cobre-me de preto carvão
diz-me que desnasci
p’ra ficar em teu abraço
ventre do amor sem fim
sou fruto do teu cansaço
abro o espaço que há em ti
Minha Mãe leva-me à fonte
para eu molhar a garganta
beija-me à boca do rio
mata-me a sede que é tanta
canta, canta, ó voz agulha
berra-te debaixo de água
rebenta pelas costuras
transmuta em luz toda a mágoa
Música e Letra:
Iúri Oliveira e Edgar Valente
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