O único amigo
Não me alcançarás, amigo.
Chegarás ansioso, louco.
Eu, porém, já terei ido.
(E que espantoso vazio
Tudo o que tenhas deixado
Atrás para vir comigo!
Que lamentável abismo
Tudo quanto eu haja posto
Em meio, sem culpa, amigo!)
Ficar não podes, amigo.
Voltarei talvez ao mundo.
Tu, porém, já terás ido.
Juan Ramón Jiménez
Trad.: Manuel Bandeira
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