Bermudas*
* Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 24 de Abril de 2009
1. A eventual recandidatura de Durão Barroso à presidência da comissão europeia está a dividir o PS e a animar as europeias.
Recordemos três factos:
Facto um: no dia 16 de Março de 2003, George W. Bush, Tony Blair e José María Aznar reuniram-se nos Açores a prepararem a guerra do Iraque. Foi uma cimeira contra o direito internacional, contra a verdade e contra a opinião pública mundial. A servir os cafés, naquela cimeira celerada, José Manuel Durão Barroso.
Facto dois: nas eleições europeias de 2004 os portugueses mostraram a Durão Barroso um severo cartão amarelo (o pior resultado de sempre da direita portuguesa). Poucas semanas depois, Durão Barroso apareceu indigitado para presidente da comissão europeia, deixando o seu partido e o país entregues a Santana Lopes, o “menino guerreiro”.
Facto três: Nos últimos 15 anos, os anos de Santer–Prodi–Barroso, a “Europa” foi capturada por uma elite burocrática arrogante, que vive virada para o seu umbigo, e que despreza os cidadãos europeus. Estes, claro, pagam na mesma moeda aos eurocratas. A “Europa” está cada vez mais distante dos problemas das pessoas.
Durão Barroso fez um mau trabalho. Não defendo a sua recondução.
2. Uma curiosidade:
O El Pais revelou que a cimeira da guerra do Iraque inicialmente estava prevista para as Bermudas mas Aznar disse a Bush: "el solo nombre de esas islas va asociado a una prenda de vestir que no es precisamente la más adecuada para la gravedad del momento en que nos encontramos".
A razão era poderosa: o encontro não podia ser nas Bermudas, pois podiam surgir associações malévolas a umas bermudas.
Foi por isso que a cimeira se fez nos Açores e Barroso apareceu no retrato. Por causa de umas calças arregaçadas…
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1. A eventual recandidatura de Durão Barroso à presidência da comissão europeia está a dividir o PS e a animar as europeias.
Recordemos três factos:
Facto um: no dia 16 de Março de 2003, George W. Bush, Tony Blair e José María Aznar reuniram-se nos Açores a prepararem a guerra do Iraque. Foi uma cimeira contra o direito internacional, contra a verdade e contra a opinião pública mundial. A servir os cafés, naquela cimeira celerada, José Manuel Durão Barroso.
Facto dois: nas eleições europeias de 2004 os portugueses mostraram a Durão Barroso um severo cartão amarelo (o pior resultado de sempre da direita portuguesa). Poucas semanas depois, Durão Barroso apareceu indigitado para presidente da comissão europeia, deixando o seu partido e o país entregues a Santana Lopes, o “menino guerreiro”.
Facto três: Nos últimos 15 anos, os anos de Santer–Prodi–Barroso, a “Europa” foi capturada por uma elite burocrática arrogante, que vive virada para o seu umbigo, e que despreza os cidadãos europeus. Estes, claro, pagam na mesma moeda aos eurocratas. A “Europa” está cada vez mais distante dos problemas das pessoas.
Durão Barroso fez um mau trabalho. Não defendo a sua recondução.
2. Uma curiosidade:
O El Pais revelou que a cimeira da guerra do Iraque inicialmente estava prevista para as Bermudas mas Aznar disse a Bush: "el solo nombre de esas islas va asociado a una prenda de vestir que no es precisamente la más adecuada para la gravedad del momento en que nos encontramos".
A razão era poderosa: o encontro não podia ser nas Bermudas, pois podiam surgir associações malévolas a umas bermudas.
Foi por isso que a cimeira se fez nos Açores e Barroso apareceu no retrato. Por causa de umas calças arregaçadas…
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