Nove meses*
* Texto publicado hoje no Jornal do Centro
1. António Almeida Henriques (AAH) tomou posse a 22 de Outubro. Na próxima terça-feira o seu mandato faz nove meses. É o tempo de gestação de uma criança. Se há, ou não, bebé novo na política concelhia fica para depois. Desta vez olho para a forma como o novo presidente da câmara de Viseu se dá com os outros municípios.
No "eixo da A25", com Aveiro e a Guarda, AAH tem feito lobby pela linha ferroviária Aveiro-Vilar Formoso. É o dossier mais importante que tem em mãos: ou se faz (e AAH fica na história) ou não se faz (e Viseu e AAH sofrem uma derrota terrível). O "plano B" de que se fala - fazer um "ramal" Viseu-Mangualde, para ligação à linha da Beira Alta - não faz sentido. Cem milhões de euros para substituir uma viagem de vinte minutos de carro?
Nas tradicionalmente frias relações entre Viseu e Coimbra, AAH pôs mais gelo em cima do gelo ao defender uma auto-estrada Viseu-Condeixa em que as viagens de e para Lisboa não passam por Coimbra. Esta ideia é boa logo que a nova auto-estrada não estrague o IP3, que deverá ser mantido como alternativa não portajada.
Já no que se refere às relações de Viseu com os concelhos vizinhos, como se viu na CIM Viseu Dão Lafões, estes nove meses foram infecundos, apesar de AAH, em todas as suas intervenções, referir e tornar a referir Viseu como "cidade-região". A esta bengala de linguagem ainda não correspondeu nenhum conteúdo político nem nenhuma alteração relacional com os municípios vizinhos.
2. AAH fez os Jardins Efémeros em cima do calendário do tondelense Tom de Festa, o mais antigo festival português de músicas do mundo.
Em primeiro lugar, não se põe um evento com o impacto dos Jardins Efémeros, que não depende da bilheteira, a concorrer com o Tom de Festa que precisa da receita da bilheteira.
Mas o pior é político: AAH enche a boca com o slogan "Viseu, cidade-região" para quê? Para secar a região à volta?
Fotografia editada Depois, quando os achar, porei aqui detalhes sobre a autoria da fotografia original |
No "eixo da A25", com Aveiro e a Guarda, AAH tem feito lobby pela linha ferroviária Aveiro-Vilar Formoso. É o dossier mais importante que tem em mãos: ou se faz (e AAH fica na história) ou não se faz (e Viseu e AAH sofrem uma derrota terrível). O "plano B" de que se fala - fazer um "ramal" Viseu-Mangualde, para ligação à linha da Beira Alta - não faz sentido. Cem milhões de euros para substituir uma viagem de vinte minutos de carro?
Nas tradicionalmente frias relações entre Viseu e Coimbra, AAH pôs mais gelo em cima do gelo ao defender uma auto-estrada Viseu-Condeixa em que as viagens de e para Lisboa não passam por Coimbra. Esta ideia é boa logo que a nova auto-estrada não estrague o IP3, que deverá ser mantido como alternativa não portajada.
Já no que se refere às relações de Viseu com os concelhos vizinhos, como se viu na CIM Viseu Dão Lafões, estes nove meses foram infecundos, apesar de AAH, em todas as suas intervenções, referir e tornar a referir Viseu como "cidade-região". A esta bengala de linguagem ainda não correspondeu nenhum conteúdo político nem nenhuma alteração relacional com os municípios vizinhos.
2. AAH fez os Jardins Efémeros em cima do calendário do tondelense Tom de Festa, o mais antigo festival português de músicas do mundo.
Em primeiro lugar, não se põe um evento com o impacto dos Jardins Efémeros, que não depende da bilheteira, a concorrer com o Tom de Festa que precisa da receita da bilheteira.
Mas o pior é político: AAH enche a boca com o slogan "Viseu, cidade-região" para quê? Para secar a região à volta?
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