Águas teatrais — uma árvore muito chata*
* No Jornal do Centro aqui
1. Em Viseu, na Casa da Ribeira, ao lado do Rio Pavia e a deslado da Feira de S. Mateus, foi inaugurada esta semana a exposição “QUEM ÉS TU? | Um teatro nacional a olhar para o país”, que merece uma visita atenta e demorada.
À interrogação “QUEM ÉS TU?” o curador Tiago Bartolomeu Costa não dá a mais célebre resposta da nossa mais conhecida peça teatral: “NINGUÉM!”; muito pelo contrário, esta mostra está cheia de gente, é uma muito competente história de 100 anos de espectáculos (1921 — 2022).
Aquele “ teatro nacional a olhar para o país” é o D. Maria II, já foi também Teatro Nacional de Almeida Garrett e Teatro Nacional D. Maria II – Casa de Garrett, os nomes foram alternando, ora aludindo à rainha, ora ao autor de “Frei Luís de Sousa”, ora aos dois em simultâneo.
Aquele teatro foi inaugurado a 13 de Abril de 1846 e, como foi construído no leito de uma ribeira — quem for às suas caves consegue, ainda hoje, ouvir correnteza de águas —, o povo pôs-lhe a alcunha de Teatro Agrião.
Ora, o Teatro Viriato também tem água com fartura nas suas “partes baixas”, águas que causaram alguns percalços durante a sua reconstrução e obrigam a especiais cuidados nas sub-caves. De qualquer maneira, que conste, nunca nenhum viseense se lembrou de lhe pôr o nome de uma planta aquática.
Fotografia Olho de Gato |
— é necessário que os trabalhos sejam acompanhados por arqueólogos;
— é “imposta” ao presidente da junta a “manutenção de uma árvore no meio do caminho”.
Deixo uma sugestão: caro Diamantino Santos, como tens que salvaguardar a segurança do trânsito, o melhor é instalares uma iluminação de Natal permanente, com luzinhas a acender e a apagar, à volta do tronco daquela chatérrima árvore.
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