Feliz
Fita de areia sobre o acerado
mercúrio do rio. O sorriso
difuso suspenso da tarde.
Alcançando-se, a epiderme
dos dedos longos.
Eras feliz. Dizias,
o sol morno sobre os cabelos.
Feliz como nos retratos,
como na tarde longínqua
do sorriso. Como o rio
tranquilo.
Existiu e não é.
Os retratos amarelecem no fundo da gaveta.
Rui Knopfli
Lindíssima a foto, belo o poema, vibrante a orquestração. Tudo de muito bom gosto, como sempre!
ResponderEliminarOlá, Fernanda Viegas, muito obrigado :-)
EliminarTudo muito bom!
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